Gilber Ribeiro tem 65 anos, é casado há 38, tem três filhos e dois netos. Ele se formou em medicina há 39 anos na cidade de Valença, na região Sul do Rio de Janeiro, Estado no qual também fez residência médica em obstetrícia. No final de 1977, o médico e a família mudaram-se para Umuarama, no Paraná.
Só na década de 90, Ribeiro transferiu-se para Foz do Iguaçu. Em 1993, foi contratado como cargo de confiança (CC) e passou a atuar na saúde pública da fronteira. Cinco anos depois, foi aprovado no concurso do município para ginecologia e obstetrícia. Já são 17 anos como servidor de carreira.
Dedicado, Gilber atuou em praticamente todos os setores da Secretaria Municipal da Saúde. Em 1999, foi convidado a assumir a direção do Centro de Especialidades Médicas (CEM), já no modelo de gestão plena, em que o município passou a concentrar todas as responsabilidades pela saúde pública. Em 2000, foi supervisor do então Departamento de Assistência Médica (DAM), que administrava as divisões de assistência especializada e básica, além da enfermagem. No ano seguinte, foi promovido a diretor do DAM.
O obstetra também conheceu de perto a realidade e a necessidade da população, trabalhando em várias Unidades Básicas de Saúde (UBSs) como o Parque Presidente, Jardim Lancaster, Vila Adriana, Porto Belo, Vila C e Vila C Nova, entre outras. Em 2008, coordenou o programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), administrando os casos de pacientes que tinham necessidade de tratamento em outras cidades. Em 2010, assumiu a direção da Assistência Especializada, função que exerceu por dois anos.
O médico carioca foi diretor técnico do Hospital Municipal Padre Germano Lauck por duas vezes, e nomeado diretor de residência médica em 2013. Na atual gestão, também foi responsável pela organização do programa Mãe Iguaçuense, que deve ser implantado no ano que vem.
Ribeiro tem como meta fortalecer a Atenção Básica. “Melhorando o atendimento nas unidades de saúde, podemos fazer a medicina preventiva. Por isso é importante reforçar e quem sabe até aumentar o número de equipes que integram o Programa Saúde da Família”, disse.
Pela ligação com a obstetrícia, Gilber pretende dar atenção especial às gestantes. “O programa Mãe Iguaçuense terá quatro consultórios para atendimento específico, e mais quatro para multiprofissionais como endócrino, fisioterapeuta, assistente social e psicólogo. Precisamos dar atenção a esse público, já que são feitos cerca de 400 partos por mês”, revelou, garantindo que já existem tratativas para cuidar de gestações de alto risco. “Com isso, o nosso objetivo é reduzir o índice de mortalidade materno-infantil, um problema grave que precisa ser combatido”, admitiu.