Segue até 22 de dezembro, a exposição “Diversidade Paranoica”, no espaço da Fundação Cultural, com obras que são um verdadeiro manifesto pela liberdade de expressão artística. A entrada é franca e está aberta à população das 08h às 17h. Com 15 peças de nove artistas plásticos, a mostra foi organizada pela Acapi – Associação Cultural dos Artistas Plásticos – e traz uma “abordagem crítica acerca dos últimos acontecimentos que envolveram algumas manifestações artísticas em nosso país”, cita a artista plástica Jane Glauce.
Luiz Nakasoni, Jane Glauce, Beta Homem, Ju Hickmann, Felipe Cachopa, Cleise Vidal, Renata Olivi, Ivone Dal Bó Roncato e Marcia Molina, são os autores locais que transformam em arte as percepções sobre vários temas e experiências vivenciados. Além das cores, movimentos e formas, cada obra traz a motivação e a explicação sobre as escolhas e as mensagens.
De acordo com os organizadores, o título “Diversidade Paranoica” também é uma forma de questionamento e enfrentamento à censura que historicamente tenta impor padrões estéticos e formais à arte. “Paranoica, porque foi assim que chamaram Anita Malfatti na exposição de 1917, artista esta que é considerada um marco na história da arte moderna no Brasil e uma das idealizadoras da Semana de Arte Moderna de 1922”, conta Glauce. Malfatti foi alvo de questionamento em sua época pelo conteúdo expressionista, marcado por subjetividades e emoções da autora acerca da realidade.
“Nosso objetivo é promover a conscientização e reflexão sobre o mundo em que vivemos. A justificativa pela escolha do tema perpassa aspectos da falta de liberdade de expressão artística, comprometendo dessa forma as garantias democráticas individuais e coletivas. Questões de diversidade de gênero, raça, cor e religião são alvos frequentes da intolerância”.