A região das três fronteiras vai traçar um plano conjunto para identificar, conter e proteger os profissionais da saúde em casos de suspeita de ebola. O assunto será discutido na próxima segunda-feira (17), das 9h às 17h, na Sala 6, Bloco 3, do Centro de Treinamento da Itaipu.
A reunião é articulada pelo Grupo de Trabalho Itaipu Saúde (GT Itaipu-Saúde) e contará com os responsáveis pelo plano de contenção do vírus na região (Brasil, Paraguai e Argentina). Representantes do Ministério da Saúde paraguaio também devem vir à Itaipu. São esperadas até 20 pessoas.
“Além de conhecer os planos de cada país, eles poderão estreitar os laços e definir uma ação única para a fronteira”, disse a gestora do GT Itaipu-Saúde, Luciana Sartori. Um primeiro encontro sobre o tema ocorreu em 21 de outubro.
Apesar de não haver contaminados pelo vírus no Brasil, a medida atende a orientação preventiva do próprio Ministério da Saúde. O diretor da 10ª Regional de Saúde de Cascavel, Miroslau Bailak, participa do encontro na Itaipu. Em outubro, Cascavel teve um caso suspeito da doença, o que demandou ações de bloqueio. A contaminação foi descartada.
Para ser considerado suspeito, o doente deve ter chegado há pelo menos 21 dias de um país com transmissão disseminada ou intensa de ebola – Libéria, Guiné e Serra Leoa.
É preciso ainda apresentar quadro clínico com febre, podendo ser acompanhada de diarreia, vômitos ou sinais de hemorragia. Pessoas que tiveram contato com doentes ou suspeitos da doença também estão nesta lista.
Em todo o mundo, 4.810 pessoas morreram vítimas do ebola (dados do dia 5 de novembro). Destes casos, 4.808 das vítimas eram da Libéria, Guiné e Serra Leoa, e outras duas nos Estados Unidos e Mali.