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Fronteira segue fechada, mas contrabando do Paraguai cresce na crise

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A pandemia causada pelo coronavírus afetou uma série de atividades. Dos campeonatos de futebol à abertura de shoppings, quase tudo foi duramente impactado pela doença que já vitimou mais de 80 mil pessoas somente no Brasil. Há, por outro lado, avanços tecnológicos, registrados em sites como o Tecnonotícias.

O que não tem sido interrompido, com ou sem pandemia, é o contrabando na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. O contrabando de cigarros do Paraguai para o Brasil é um dos maiores problemas para as economias dos dois país. Estudos e publicações jornalísticas sustentam que esse crime financia o crime organizado na região.

Ações policiais acontecem cotidianamente, mas isso não tem diminuído a incidência do produto nas fronteiras. No dia 27 de julho, uma  ação policial parou três veículos que estavam viajando em caravanas. Um caminhão Hyundai Santa Fé conseguiu escapar do controle e, em seguida, seu motorista abandonou a máquina em uma área arborizada e fugiu dos policiais.

Os policiais rodoviários inspecionaram o veículo e descobriram que ele havia sido furtado em janeiro de 2020. Enquanto estavam no interior, os policiais rodoviários encontraram dezenas de maços de cigarros e itens que produziam fumaça na estrada em busca de vazamentos.

No território brasileiro, são apreendidos quase diariamente cigarros contrabandeados paraguaios, fabricados principalmente pela Tabesa, de propriedade do grupo empresarial do ex-presidente Horacio Cartes.

As cifras envolvidas no contrabando de cigarros são espantosas – estima-se que a movimentação anual seja de R$ 10,9 bilhões. Hoje, de cada dez cigarros consumidos no Brasil, seis são ilegais. O Brasil perde R$ 12,2 bilhões anuais em arrecadação de impostos e 27 mil empregos formais deixam de ser gerados por conta do contrabando de cigarros, de acordo com estudo da Oxford Economics.

A origem do problema está na diferença da carga tributária imposta à indústria do cigarro no Brasil e no Paraguai. No Brasil, é de pelo menos 70% e pode chegar a 90%, dependendo do ICMS praticado em cada estado. No Paraguai, é de 18%, uma das mais baixas do mundo.

Em fevereiro, a Unidade Interinstitucional de Prevenção, Combate e Repressão ao Contrabando apreendeu 20.000 caixas de cigarros nas margens do Lago Itaipú, em Salto del Guairá.

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