A confirmação dos dois novos casos da doença ocorre justamente na Semana de Prevenção à Leishmaniose, que começou hoje e é desenvolvida pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Até a próxima sexta-feira, 12, haverá palestras em escolas municipais, alertando para a forma de contágio. "A leishmaniose é transmitida pelo mosquito-palha, que pica um animal infectado com o parasita e depois transmite para os humanos", explicou o coordenador de Educação e Mobilização do CCZ, Thiago Cavalcante.
Apesar de existir no mercado vacinas e medicações para tratamento, nenhuma garante eficácia de 100%. "O melhor remédio para a leishmaniose continua sendo a prevenção, removendo materiais orgânicos do quintal para evitar a proliferação do mosquito e utilizando coleiras que repelem os insetos dos cães", orientou a veterinária do CCZ, Luciana Chiyo.
LEISHMANIOSE – A Leishmaniose é caracterizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das seis doenças infecciosas que necessitam de atenção no planeta. Estima-se que, por ano, dois milhões de pessoas sejam acometidas pelo problema. No Brasil, o parasita do gênero Leishmania está presente em todos os Estados, normalmente em animais silvestres, mas bichos de estimação domésticos também podem ser hospedeiros. A transmissão é feita pelo mosquito-palha.
Há dois tipos de Leishmaniose, a mais comum é a Tegumentar ou Cutânea, que atinge a pele e as mucosas. A Leishmaniose Viceral é a forma mais grave, e atinge os órgãos internos da pessoa, com aumento significativo do tamanho do fígado e baço. Em contrapartida, o paciente emagrece. Se não for tratada, a doença compromete as funções hepática e renal, podendo evoluir para a morte.
Nos cães, os sinais mais frequentes são crescimento exagerado das unhas, perda de pelo, descamação da pele, emagrecimento, atrofia muscular, sangramento nasal, entre outros. Para evitar o contágio, deve-se usar coleiras que repelem os insetos. É fundamental também eliminar materiais orgânicos do quintal, local preferido para a reprodução do mosquito que transmite o parasita. “No CCZ, temos um teste rápido que aponta se o animal está infectado. Em caso reagente, temos um segundo exame que é feito em Curitiba para a confirmação do diagnóstico. O teste está disponível para toda a população”, explicou o coordenador de Educação e Mobilização, Thiago Cavalcante. Para ter acesso ao teste é necessário agendar a data no CCZ. O telefone é o 45-3524-8848. Embora seja incurável, a Leishmaniose Canina pode ser controlada por meio de tratamento.
CAMPANHA – Na Semana da Leishmaniose, o CCZ vai visitar uma escola por dia, sempre envolvendo os alunos na conscientização. Nesta terça-feira, 09, a programação será na Escola Municipal Elenice Milhorança, no bairro Jardim América; quarta, 10, na Escola João da Costa Viana, em Três Lagoas; quinta, 11, na Escola João XXIII, no Morumbi; e na sexta, 12, no colégio Monteiro Lobato, no Porto Belo.