Na última sexta-feira, 18, foi apresentado o Plano de Contingência Municipal da Dengue para Foz do Iguaçu. A enfermeira Mara Cristina Ripoli Meira, da Vigilância Epidemiológica e Doenças Transmissíveis explicou como será a execução do projeto, aprovado em agosto e vigente até julho de 2014.
O plano contempla todos os recursos da saúde do município em caso de uma epidemia de dengue, tanto em estrutura física, como medicação e assistência médica. “Seguimos o protocolo do Ministério da Saúde de acordo com a classificação de risco e adaptamos conforme a realidade do nosso município”, explica a enfermeira.
Foto: AMN |
Prefeito Reni Pereira participa da apresentação do Plano de Contingência da Dengue |
Segundo Mara, os médicos devem atender todos os pacientes com suspeitas de dengue nos postos de saúde e se constatado caso grave o SAMU encaminhar ao Hospital Municipal. “Tudo isso já está no papel, agora estamos na parte de treinamento, capacitação”, explica a representante da Vigilância Epidemiológica de Foz.
Ela complementa informando sobre o curso de capacitação que será realizado nesta segunda-feira, 21, e terça-feira, 22, no Hotel Foz do Iguaçu com os profissionais da saúde de todo o Paraná. “Ninguém que trabalha na área da saúde poderá dizer que não foi chamado, para ser orientado sobre os cuidados e o atendimento necessário para evitar óbito em caso de dengue”, afirma Mara. Ela lembra ainda que no primeiro semestre de 2014, também já foi realizado outro treinamento.
Uma das ações que preconiza o Ministério da Saúde é a criação do Comitê de Crise para que se reúna semanalmente no Hospital com um representante de cada setor para discutir as ações. “São no mínimo três segmentos integrados: Vigilância em Saúde, Atenção Básica e Especializada”.
Outra questão no plano de contingência é a informatização de resultado dos exames. “A informatização dos dados epidemiológicos on line economiza tempo e facilita o processo de comunicação e ação”, diz Mara Ripoli.
Outra parte da comunicação interna será através de boletins com informações semanais que serão alimentados com gráficos e tabelas e, outro que será disponibilizado, também semanalmente na agência de notícias da Prefeitura.
Para a enfermeira, o diferencial de Foz do Iguaçu para outros municípios do estado é o monitoramento da doença. “100% dos casos internados são monitorados pela Vigilância Epidemiológica, através de uma planilha com todos os dados até o encerramento do caso”.
Este ano foram internados 127 pessoas com dengue, 51 com complicação, 49 por dengue hemorrágica e 01 foi a óbito em ambiente hospitalar (um homem de 85 anos), a outra pessoa que entrou em óbito não chegou a ser internada.