Foz do Iguaçu é uma cidade especial. Não tanto por ser uma cidade de médio porte (que são as cidades que mais crescem no país) mas pelo que representa em termos regionais, nacionais e internacionais.
O intenso fluxo de turistas a consolidou como um forte polo de serviços e num excelente trabalho da ACIFI, o setor saúde e educação despontaram como vocações da cidade.
Desde 2009, quando adotei Foz como minha casa atuo como médico cardiologista e pude contribuir em algumas funções públicas. A partir de 2012, me envolvi com a abertura da Residência Médica na cidade e desde o início estou à frente da implementação do tão sonhado curso de Medicina. Hoje, já contamos com aproximadamente 300 alunos (cinco turmas).
Há muito identificamos que a cidade necessita ampliar os seus serviços hospitalares. Em dois estudos que fizemos (o último há uns 3 anos) identificamos um déficit aproximado de 500 leitos hospitalares, para que Foz pudesse aproximar-se da média de leitos/1.00 habitantes do Estado do Paraná. Certamente uma cidade com as nossas características pode desenvolver-se como importante polo nacional (e por que não internacional) na área de prestação de serviços médicos de ponta.
A consequência natural de Foz desenvolver-se na área de serviços médicos será seu desenvolvimento como polo formador de recursos humanos em saúde. E nesse aspecto acho que a cidade vem construindo sua vocação.
Temos muitos pontos fortes para isso. Somos conectados com o Brasil e com o mundo. Temos um potencial invejável para atração de eventos médicos internacionais. Temos uma realidade fronteiriça excepcional.
Mas, precisamos colocar isso no planejamento de longo prazo da cidade. Com o envolvimento de toda sociedade.
* Luis Fernando Zarpelon é médico cardiologista e Coordenador do curso de Medicina da UNILA.
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