Uma caminhada pelas principais avenidas de Foz do Iguaçu nesta sexta-feira (16) marcará o “18 de Maio” – Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no município. Atividades semelhantes serão realizadas em vários outras cidades brasileiras.
A marcha, promovida pela Rede Proteger, sairá às 9h do 34o.Batalhão de Infantaria Mecanizado, com a participação de crianças, adolescentes e integrantes das entidades ligadas à defesa do direito à infância e seguirá pela Avenida Brasil até a Praça do Mitre.
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Atividade irá marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes |
Durante o percurso, haverá distribuição dirigida de folhetos e apresentações de teatro e tambores realizadas por jovens do Projeto Plugado – Canais Ligados na Cultura, desenvolvido pela Casa do Teatro, com apoio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA), da Itaipu.
Na Praça do Mitre, a programação inclui apresentações culturais e lúdicas, distribuição de panfletos e pronunciamento dos representantes do Sistema de Garantia de Direitos, como Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Rede Proteger, Ministério Público e Vara da Infância e Juventude.
O trabalho tem como proposta sensibilizar a comunidade contra o abuso e maus tratos cometidos contra meninos e meninas e incentivar a denúncia. Em Foz, somente em 2012, o Hospital Ministro Costa Cavalcanti, atendeu 196 crianças vítimas de violência sexual.
“A exploração sexual infantojuvenil é uma das piores e mais perversas formas de violação aos Direitos Humanos. Precisamos mobilizar a sociedade, estimular e encorajar as pessoas a prevenir e denunciar situações de violência contra meninas e meninos”, disse Maria Emília Medeiros de Souza, da equipe do PPCA.
Dia 18 de Maio – "Esquecer é Permitir, Lembrar é Combater"
A escolha da data é uma forma de lembrar à sociedade brasileira o caso Araceli Cabrera Sanches. No dia 18 de maio de 1973, Araceli, então com oito anos, foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta por integrantes de uma tradicional família capixaba. Muita gente acompanhou o desenrolar do caso, poucos, entretanto, foram capazes de denunciar. O silêncio de muitos resultou na impunidade dos criminosos.