A única canoísta feminina que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, disputa o Campeonato Sul-Americano de Canoagem Slalom, no final de semana. Poliana Aparecida de Paula , que ficou com o 14º lugar nas olimpíadas, já está treinando desde quarta-feira (22) no Canal Itaipu. A competição reúne, além dos principais atletas brasileiros, representantes da Argentina e da Venezuela.
A disputa na categoria feminina promete ser “remada a remada”. A principal promessa da canoagem brasileira, a mato-grossense Ana Sátila Vargas, de apenas 13 anos, veio a Foz do Iguaçu querendo uma vitória para se firmar no cenário nacional.
Para Poliana Aparecida de Paula, a competição será "um treino de luxo", já que na segunda-feira (27) ela embarca para o Canadá, onde disputará o Panamericano de Canoagem Slalom. A atual líder do ranking nacional de canoagem slalom treinou em Foz do Iguaçu há dois anos, quando se preparava para conquistar o índice olímpico para Pequim. “Apesar de algumas alterações que fizeram em relação à última vez que treinei aqui, já estou familiarizada com todo o percurso”, conta.
A solenidade de abertura do campeonato será às 16h desta sexta-feira (24). No sábado (25), a partir dar 9h, os atletas começam a disputar as provas classificatórias. Serão quatro categorias: C1M – Canoa Masculina, C2M – Canoa Masculina Dupla, K1M – Caiaque Masculino e K1F – Caiaque Feminino. No domingo, também pela manhã, acontecem as finais, com a premiação marcada para as 13h.
Na categoria masculina, o destaque é Pedro Henrique Gonçalves, o Pepê. O canoísta da equipe de Piraju – SP (mesma de Poliana) é apontado por integrantes da Confederação Brasileira de Canoagem como a grande aposta da canoagem slalom para o futuro.
Foto: Itaipu Binacional |
Pepê: "É a melhor pista em que remei em toda a minha vida" |
“Eu venho para disputar o título”, afirma Pepê, confiante. Para o canoísta, que apesar da pouca idade – 16 anos – já brilha em campeonatos disputados pelo Brasil, o Canal Itaipu “é na verdade um dos destaques da competição”. “Essa é a melhor pista em que remei em toda a minha vida, com um nível de dificuldade enorme. Quem vier assistir tenho certeza que verá um grande espetáculo”, garante.
Rivalidade até na água – A competição também terá destaques de outros países. A delegação Argentina veio com 15 atletas e espera fazer bonito nas águas brasileiras. Para Adrian Rossi, um dos dirigentes da equipe, a expectativa é de um bom torneio, mas, para isso, a rivalidade dos campos de futebol terá que ser transferida para a água, segundo ele.
“O clima de competição deve existir a todo instante. Com essa rivalidade, principalmente entre brasileiros e argentinos, quem ganha é o esporte, porque só assim os atletas começam a se desenvolver”, afirma.