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“Estamos preparados. É hora de trabalhar”, afirma secretário de Turismo

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Foz do Iguaçu vem de um ano muito bom, turisticamente falando.  O ano foi marcado por quebra de recordes em Itaipu, grande número de visitantes nas Cataratas do Iguaçu, anúncio de novos empreendimentos (como os shoppings Palladium e Catuaí e o Parque Cultural), além de estar na lista para ser um centro de treinamento para a Copa do Mundo.

Com esse histórico, é hora de por as mãos na massa para que 2014 seja ainda melhor. Para saber o que o ano reserva para o setor, o Clickfoz foi conversar com o secretário de Turismo, Jaime Nascimento, que falou, de boca cheia, que este ano será “para marcar na história”.

Foto: Letícia Lichacovski / Clickfoz
Jaime Nascimento está confiante com o ano para o turismo em Foz

 

Clickfoz: Quais as perspectivas para 2014?
Jaime Nascimento: O ano começou muito bem, com recorde de visitação na Itaipu e no Parque Nacional. Se continuar conforme essa mostra que tivemos em janeiro, será um ano fantástico, porque teremos a Copa do Mundo. Eu acredito que esse evento trará um bom movimento internacional, tanto pelo campeonato quanto pela divulgação que a Copa irá gerar.

Clickfoz: Os brasileiros tem conseguido viajar bastante. Essa média vai se manter neste ano?
Jaime Nascimento: Acredito que no período da Copa do Mundo, os brasileiros não vão viajar muito. É um fenômeno que já aconteceu em outros países. A Inglaterra, durante as Olimpíadas, não teve muitos ingleses viajando.  Então, pode ser que, na época da Copa, haja uma baixa no público nacional, mas acho que, ainda assim, 2014 será um ano muito bom de movimento e de avanços no turismo.

Clickfoz: Como está a relação com o Ministério do Turismo, que acredita que Foz do Iguaçu será um dos destaques durante a Copa?
Jaime Nascimento: Temos um relacionamento com o MTur vem desde janeiro do ano passado. Eu estive várias vezes em Brasília no ano passado e tive a felicidade de encontrar o Vinícius Lummertz, amigo antigo, na Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. Tivemos também a simpatia do Ministro do Turismo. Quando aconteceu o X Games, trouxemos Lummertz para cá, sobrevoamos a cidade e fizemos um “intensivo” de três dias por aqui. Acredito que esse trabalho tenha rendido esses frutos, porque essa visita mostrou a ele o potencial de Foz do Iguaçu.

Clickfoz: O MTur pediu, recentemente, que seja feito um planejamento estratégico de Turismo para Foz do Iguaçu e região. O que é e o que envolve esse plano?
Jaime Nascimento: Esse planejamento foi resultado das conversas com o Secretário. Essa visão que ele teve da cidade nos permitiu a criação desse projeto, que será algo para longo prazo.  Ou seja: O que será Foz do Iguaçu daqui 10, 15 anos? O que temos que fazer para que o turismo da cidade cresça de forma ordenada e com sustentação?  Então, esse planejamento vai nos permitir esse crescimento e essa visão de futuro, tanto para o setor de turismo, quanto para toda a sociedade e para a região. Temos o parque termal em Itaipulândia, acredito que há espaço para novos empreendimentos na região e para melhor aproveitamento do Lago de Itaipu. Esse planejamento vai levar em conta projetos que ainda estão em andamento, como o Beira Foz.

Clickfoz: O Projeto Beira Foz passou para a Secretaria de Turismo e para o Codefoz na semana passada. Por que esses órgãos assumiram o projeto e o que vai ser feito?
Jaime Nascimento: O Beira Foz é um projeto que começou junto com a reforma da aduana brasileira, de 2006, se não me engano. Na época, o delegado-chefe da Receita, Mauro Brito, quis mudar a imagem da fronteira para “turismo de compras”. Então, não é um projeto que começou hoje. A partir de 2011, 2012, a ideia voltou, com a intenção de reformar e revitalizar a Ponte da Amizade. Esse projeto foi apresentado ao Ministro da Justiça e ele nos disse que toda gostaria de ver toda a região revitalizada e que tivesse um foco maior em segurança. Para dar uma resposta, a Itaipu tomou a frente e apresentou um projeto conceitual ao ministro, só que esse modelo teve algumas estimativas de custos elevados. Então, veio uma nova proposta: a de envolver a Casa Civil, que vai chamar todos os ministérios envolvidos e pedir que cada um colabore, conforme os orçamentos. Isso foi no final de 2012. No ano seguinte, não tivemos avanços. Decidimos, então, buscar um novo foco para o projeto, seguindo o conselho do Secretário Nacional de Políticas do Turismo. A partir daí, começamos a olhar sob o ponto de vista da iniciativa privada. Fomos buscar exemplos em outras partes do mundo. Numa consultoria que buscamos depois, nos sugeriram colocar o projeto dentro do âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Foz do Iguaçu (Codefoz), do qual eu também faço parte. Então, fizemos isso. Conseguimos contratar uma consultoria, fizemos um primeiro workshop e decidimos que será melhor fazer a execução do Beira Foz por partes.

Clickfoz: Quais são as preocupações do setor para esse ano?

Jaime Nascimento: As preocupações começam pelo que vai acontecer na Copa do Mundo, como o aumento desenfreado de tarifas e o atendimento aos visitantes. Para nós, confesso, é uma incógnita quantas pessoas virão a Foz do Iguaçu, mas acho que a cidade está preparada. A rede hoteleira é boa e está crescendo… A segunda preocupação é sobre recursos, tanto para a divulgação da cidade quanto para infraestrutura. A gente fica preocupado em captar recursos públicos. É um ano de eleições, ou seja, um ano curto de administração pública. Então, vamos fazer o possível para que esse primeiro semestre seja mais intenso. Apesar de ser o ano do centenário de Foz – e nós vamos fazer ações para marcar a data -, a disponibilidade de recursos não permitem grandes atos.

Clickfoz: Quais são as estratégias para contornar esses pontos críticos?

Jaime Nascimento: Temos um trabalho de gestão integrada, que envolve todas as entidades de turismo. As quatro principais (Itaipu, ICVB, Secretaria de Turismo e Fundo Iguaçu ) se propõem a fazer investimento em várias ações, que envolvem quatro eixos: Gestão, Infraestrutura, Marketing & Mercado, Educação.  Então, temos todas as ações planejadas.  O que precisa ser feito está muito claro. Esse é um plano operacional a curto prazo. Estamos preparados, com o ano planejado. O setor continua envolvido e integrado. É hora de trabalhar.
 

 


 

 
 

   Letícia Lichacovski é repórter e fotógrafa do Clickfoz e 

   blogueira do Cereja no Ombro. Para interagir com a 

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