Uma equipe de Itaipu se reuniu no final de abril com os responsáveis pelo desenvolvimento do projeto de arquitetura da Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila), no escritório Oscar Niemeyer, em Niterói (RJ). O próprio Niemeyer (foto abaixo) acompanhou a reunião, na qual foram apresentadas propostas de sustentabilidade para a construção do prédio da futura universidade.
O lançamento da pedra fundamental da Unila faz parte da programação dos 35 anos de criação da Itaipu Binacional. A data ainda não está oficialmente marcada, mas a solenidade deve ocorrer ainda em maio. A Unila deve trazer a Foz do Iguaçu um novo ciclo de prosperidade, representada pela vinda de estudantes e professores do Brasil e de países da América Latina.
Em Niterói – Participaram da reunião, em Niterói, os engenheiros João Aristides de Aguiar e Eli Finco, o consultor Manoel José Costa Barros, da Coordenadoria de Energias Renováveis, a arquiteta Luciana Lobo, da AS.GD, e a arquiteta Cassiana Salvatti, além de engenheiros da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do arquiteto Jair Varela, responsável pelo desenvolvimento do projeto de arquitetura da Unila no Escritório Oscar Niemeyer.
O grupo de Itaipu pôde trocar informações com projetistas de instalações (exceto iluminação) para atender aos quesitos necessários à certificação. Também pôde discutir em detalhes os assuntos referentes à Unila com a equipe do arquiteto Jair Varela. Todas as ideias apresentadas visam colaborar com a obra, sem comprometer o projeto original ou prazo de entrega.
Sustentabilidade – Com o conceito de sustentabilidade, a obra poderá ganhar certificado internacional LEED (Leadership in Energy na Environmental Design) para construções sustentáveis. Oscar Niemeyer mostrou-se bastante receptivo às ideias apresentadas. Segundo informações preliminares, o Escritório Niemeyer não teria ainda obras certificadas, embora já trabalhe com critérios de sustentabilidade.
Entre as propostas apresentadas, Luciana Lobo sugeriu, em nome do grupo, estratégias para reduzir o efeito "ilha de calor" das edificações e o impacto físico da implantação do conjunto no local. Esse trabalho inclui a permeabilidade de pisos externos e inclusão de estrutura para transportes menos poluentes (bicicletas, coletivos e solidários).
A economia no uso da energia para o conforto termo-acústico interior e dos recursos naturais também foi abordada. Itaipu quer atender à demanda de carga da Unila com três fontes de energia renováveis: esgoto e resíduos sólidos orgânicos desenvolvidos em parceria com a Sanepar e com a Diretoria de Coordenação/Superintendência de Obras; painéis para energia solar fotovoltaica colocados na cobertura de uma das edificações, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina; e micro-hidroeletricidade, a ser desenvolvida numa parceria entre a Diretoria Técnica e a Coordenadoria de Energias Renováveis.