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Em um mês, Unila e Laboratório Municipal já realizaram mais de 1.080 exames de Covid-19

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Foto: Assessoria

Nesta sexta-feira, 29, completa-se um mês desde que o Laboratório Central do Estado (Lacen) habilitou o Laboratório do Hospital Municipal Padre Germano Lauck para fazer os exames da Covid-19. Nesse período, as equipes da Unila e do Laboratório Municipal realizaram testes em 1.089 pacientes. Esse grande número de exames – junto com os testes feitos no laboratório do Hospital Ministro Costa Cavalcanti – colocou Foz do Iguaçu como o município com o melhor número de testes per capita do Paraná. A cidade realiza um teste para cada 129 habitantes. Segundo o Boletim da Vigilância Epidemiológica, já foram quase 2 mil exames do tipo RT-PCR, também conhecido como teste molecular, realizados no município desde o início da pandemia.

Testar a população é apontado por especialistas como uma das principais estratégias de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. “Quando você testa uma pessoa com sintomas respiratórios ou febre, você pode isolar esse paciente pelo tempo que ela estaria transmitindo o vírus e isso ajuda muito para a contenção. Ou seja, quanto mais testes dos sintomáticos, – que são os melhores espalhadores virais – você tem mais controle da circulação da doença”, explica a médica infectologista e docente do curso de Medicina da Unila, Flávia Trench.

Em Foz do Iguaçu, a testagem também permite o acompanhamento dos casos positivos por meio do projeto de Telemedicina, implantado também por uma parceria entre a Unila e a Secretaria Municipal de Saúde. Por um período de 14 dias, um médico faz acompanhamento telefônico de todos os pacientes que testaram positivo nos testes de Covid-19. E, ao menor sinal de piora do quadro clínico, o paciente pode ser orientado a buscar atendimento presencial ou até a buscar internamento, para que receba todas as medidas de suporte.

Protagonismo no enfrentamento da pandemia

Para Flávia Trench, a estratégia de testagem coloca Foz do Iguaçu em um patamar de protagonismo no estado do Paraná, no enfrentamento da Covid-19. “Não é a primeira vez que isso acontece. Em 2009, fomos bastante protagonistas ao romper com o protocolo do Ministério da Saúde e tratar todos os casos sintomáticos de H1N1, o que fez com que diminuíssem os casos graves e as mortes”, lembra a médica.

A realização dos exames só foi possível por meio de uma parceria entre a Prefeitura e a Unila. A Universidade transferiu os equipamentos do Laboratório de Pesquisa em Ciências Médicas para o Hospital. Já a Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Saúde, fez a compra dos insumos necessários para os testes. O Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Municipal, habilitado pelo Lacen em 29 de abril, tem capacidade para testar 200 pacientes por dia, 100% pelo SUS, de Foz do Iguaçu e dos demais municípios da 9ª Regional de Saúde. O tempo estimado para sair o resultado é de três horas.

Os exames realizados pela Unila e o Hospital Municipal são do tipo RT-qPCR (sigla em inglês para Reação em Cadeia da Polimerase com Transcrição Reversa), que utiliza técnicas de biologia molecular para fazer uma busca minuciosa pelo material genético do Sars-Cov-2 nas amostras de secreção nasal e oral dos pacientes. “É um teste padrão ouro, com reagentes que os melhores laboratórios de diagnóstico e de pesquisa buscam para o enfrentamento da pandemia”, avalia o gerente e responsável técnico do Laboratório Municipal, Rafael dos Santos da Silva, que também é aluno do Mestrado em Biociências da Unila.

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