O novo projeto popular habitacional da Prefeitura de Foz do Iguaçu, o “Lagoa Dourada”, está apresentando problemas, deixando a população em situação delicada. Moradores reclamam de falta de infra-estrutura e de promessas não cumpridas pela administração pública municipal.
Cleusa de Sousa Alves é uma das moradoras que deveria ser beneficiada com a casa popular. Sua expectativa era mudar na segunda semana de dezembro, mas a casa dela ainda não possui a mínima infra-estrutura.
Quase como na música de Toquinho e Vinicius, porém sem nada engraçado. Não foram instalados vidros nas janelas, porta nos quartos e banheiro, nem vaso sanitário. Sem contar que não há instalação elétrica e hidráulica –elementos básicos para uma moradia digna.
Cleusa afirma ter procurado o FozHabita –autarquia da prefeitura responsável pelo projeto, que alegou que os responsáveis pelas obras estavam de férias. O que demonstra certa irresponsabilidade, já que prometeram a ela que a casa estaria pronta na segunda semana de dezembro.
Um mês já se passou e nada se resolveu. Ela ainda está sem resposta e esclarecimento. Enquanto isso continua pagando aluguel em outro bairro e sendo pressionada pela prefeitura para fazer logo sua mudança para o local.
Mais um caso – Não é somente o drama de Cleusa que chama atenção. Sua vizinha, a diarista Agripina Irala, mora na casa há 3 meses. Quando chegou lá, a casa estava sem luz e vidro nas janelas. Para se ter uma idéia da falta de responsabilidade com os moradores do novo conjunto habitacional, nem o relógio de luz foi instalado.
Agripina diz que cansou de ir ao FozHabita e de não obter resposta. “Me disseram que em dezembro resolveriam, mas até agora nada”. Cansada, pagou do seu bolso por estruturas mínimas que deviam ter sido custeadas pela prefeitura como consta no projeto. Agripina disse que a maioria das casas têm sido entregue inacabada e ainda afirma que está há 3 meses sem luz.
Posição – Além dos problemas estruturais nas casas, representantes do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu constataram a existência de um imenso matagal que toma conta do bairro. Fora isso as ruas não possuem calçamento.
• Danilo Georges e Carol Miskalo são membros do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu. www.cdhfoz.blogspot.com