Por volta das 10h30 de quinta-feira (9) os professores começaram a chegar em frente ao Núcleo Regional de Educação para a paralisação que deve durar até o meio dia. As principais exigências são 33% para hora atividade, reajuste de 22% no piso salarial, plano de carreira para os servidores que não lecionam e melhoras no plano de saúde.
Fotos: Garon Piceli | Clickfoz |
Uma das exigências é o plano de carreira para servidores que não lecionam |
De acordo com o presidente da APP Sindical do Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu, Sílvio Borges Da Silva Junior a hora atividade é uma lei aprovada em 2009 e considerada constitucional em 2011 e desde antão não vem sendo cumprida.
"Uma das grandes dificuldades é que ainda levamos muito trabalho para casa", afirma o presidente da APP Sindicato do Nucleo Sindical de Foz do Iguaçu |
“Um dos maiores problemas que os professores ainda enfrentam é levar muito trabalho para casa, então a hora atividade é o tempo que nós teríamos para planejar as aulas e corrigir provas”, explicou. Na prática isso significa que o professor responsável por cumprir 40 horas semanais em nível médio vai ter 14 horas destinadas à hora atividade. Já o professor que cumpre 20 horas semanais teria sete horas destinadas a essas atividades.
Aproximadamente 300 professores participaram da paralisação |
Quanto ao piso salarial dos professores do estado, este não vem sendo reajustado como deveria, de acordo com Sílvio Borges, se os reajustes tivessem acontecido, atualmente o salário seria de R$1.950 para 40 horas em nível médio, mas os professores ainda recebem R$1.187. A proposta é um reajuste de 22% que equivale a um salário de R$1.450.
Outra exigência é relacionada ao plano de saúde que não atende a demanda |
Sílvio Borges conta ainda que o Governo justifica não ter respondido ainda as reivindicações por estar fazendo estudos para analisar os impactos financeiros. “Mas nós sabemos que estes estudos já foram concluídos. O Governo vai ter um gasto de R$23 milhões mensais para aplicar a hora atividade. A previsão é que o gasto com publicidade seja de R$143 milhões e com cargos comissionados seja mais de R$200 milhões. Nós entendemos que a educação é mais importante que cargo comissionado e publicidade do Governo”.