Implantado no começo do ano, o novo sistema de transporte público em Foz do Iguaçu ainda passa por modificações e ajustes, é o que revelou, logo no começo da Audiência Pública, o engenheiro da empresa contratada para traçar o plano diretor de transporte coletivo municipal.
“O grosso da proposta está implantado”, disse o engenheiro, apresentando as poucas mudanças e ainda os futuros trabalhos, como a “Proposta do Projeto Executivo” com o terminal do Três Lagoas, que na verdade já foi implantado de forma regular no começo do novo sistema, mas por ocupar uma praça pública e não ter gestão de passageiros de forma precisa, a população do local desaprovou o uso, e o terminal foi desfeito.
Mesmo falando que o grosso da proposta foi implantado, a LogiTrans plantou recomendações a curto, médio e longo prazo que poderiam solucionar de vez o grande problema do sistema de transporte.
Dilto Viltorassi, presidente do sindicato dos rodoviários, fez duras críticas ao sistema. “Esse novo transporte de Foz do Iguaçu está pior que o anterior”. Dilto também apresentou os seguintes números: “ao aumentar o índice de pessoas transportadas por quilômetros rodados, o empresário acaba lucrando R$ 3,12 / km. Uma economia de aproximadamente R$ 500 mil. Neste sistema só o empresário ganha”.
Sobre a novidade apresentada pela LogiTrans “Linha Norte Sul”, o sindicalista revelou que essa linha já existia e acabou por conflito de empresários.
A Associação dos Usuários do Transporte Urbano solicitou algumas mudanças como a inclusão de mais linhas para portadores de deficientes físicos e ainda pediu que se os pedidos não forem realizados, a Associação fará uma manifestação com a juventude para um Projeto de Lei de origem popular, com o recolhimento de aproximadamente 10 mil assinaturas.
O colunista do Clickfoz e dramaturgo, Luiz Henrique Dias, usou a plenária e fez algumas questões à mesa. Como quantos usuários utilizam o Sistema de Transporte por mês – o engenheiro da LogiTrans ficou um pouco confuso para responder. “O sistema não cumpre o que foi proposto”, finalizou Luiz Henrique.
De acordo com o vereador que propôs a Audiência Pública, Nilton Bobato, a reunião foi uma forma de ampliar o primeiro debate realizado no dia 13 de abril de 2011. “É uma continuidade da primeira Audiência que fizemos para o usuário avaliar as mudanças. Só quem usa tem condições de dizer como funciona”, diz.