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Ela desistiu de genética para criar cadernos artesanais e encontrou a felicidade

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Fotos: Garon Piceli
Carinho e dedicação é notado até mesmo no expositor dos cadernos artesanais

No final de quinta-feira, 09, fui com alguns amigos na IV Feira de Artesanato do Mercosul, que está acontecendo em Puerto Iguazú. Nada havia me chamado a atenção até encontrar duas simpáticas garotas vendendo uns caderninhos feitos a mão, bem coloridinhos. Parei para conversar e descobri que uma das gurias é brasileira e alongando a conversa fiquei surpreso com a história da Suzana Marianetti, acompanhe:

Nada acontece por acaso. Pode soar um pouco clichê. Mas o que são os clichês se não uma cópia do que realmente acontecem nas histórias de vida mais bonitas e atraentes, não é mesmo? Suzana Marianetti, 30, deixou os estudos na Universidade de Licenciatura em Genética em Posadas (AR) para se dedicar a realizar um sonho: ser feliz!
 

Depois de abandonar a faculdade se viu no meio de muitos livros e anotações sobre o curso. E se perguntou: “O que vou fazer com tudo isso?”. O insight veio logo a seguir: jogar tudo no liquidificador e fazer papel reciclado, transformando o velho em novo.

“Isso foi como uma bola de neve. Esse papel começou a ser estampado por artistas locais, depois se transformou em livros para os escritores. Isso foi girando até se transformar no que é a Boa Eco Gráfica Editorial”, diz Suzana.

A partir dai, a jovem empreendedora se deu conta que tinha muito trabalho entre encadernar, fazer o papel e contactar o pessoal que escreve. Então convidou a argentina Cinthia Scholles, 28, que recém tinha feito um curso com a própria Suzana para fazer os papeis. “Então eu disse se você quiser ficar com esta área eu me encarrego de criar as estampas”, conta.
 

Todas as estampas que a Boa produz são com tintas a base de água, não tóxicas. “Foi tudo um processo de investigação do que é serigrafia, que é um processo fotoquímico. Tudo que faz sombra é estampado e o que faz luz não é estampado. Nesse caso, em vez de usar o computador para gerar uma matriz digital, o que faço é encontrar plantas para fazer sombra e criar uma técnica experimental da serigrafia. Então, nós tratamos de usar minimamente o computador e mínimo possível de produtos químicos”, diz Suzana com um belo sorriso.
 

Agora as meninas, que decidiram juntas as escovas de dentes, estão passando uma temporada em Puerto Iguazú. O motivo? “Ser um lugar único no mundo”, revela Suzana. “Puerto Iguazú é uma mina de ouro cultural. Morar aqui e estar em contato com as três fronteiras, com as três culturas é importantíssimo. As pessoas que moram em fronteira têm uma amplitude cultural muito grande”.
 

Quer saber mais sobre os caderninhos sustentáveis da Suzana e da Cinthia? Entre em contato pelo e-mail: taller.boa@gmail.com

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