Em 29 de abril de 2015, a tragédia se repetiu com o Governo do Paraná comandando um verdadeiro massacre contra os educadores, em mais um ato gravíssimo de violação dos direitos humanos e à democracia.
Foto: Marcos Labanca |
Panfletagem acontece neste sábado, 29, na Praça do Mitre |
Servidores estaduais e estudantes de todo o estado estavam reunidos em frente à Assembleia Legislativa (Alep) para acompanhar a votação do projeto de autoria do governo, que previa o confisco da aposentadoria do funcionalismo. Para impedir o acesso da população ao plenário, o governo ordenou a repressão policial que deixou quase 400 feridos.
Para rememorar as duas datas que envergonham a história da educação e da democracia no Paraná, professores, funcionários e pedagogos da base da APP-Sindicato/Foz participam de passeata em Curitiba, neste dia 29 de agosto. O ato em defesa da educação, que acontece todos os anos, também irá repudiar a violência institucional. A categoria fará uma assembleia na Praça Santos Andrade, na região central da capital.
De acordo com Fabiano Severino, presidente da APP-Sindicato/Foz, o 30 de agosto tem sido um momento de mobilização e luta da categoria. Este ano, a manifestação adquiriu dimensão ainda maior devido a massacre de 29 de abril e também devidos às medidas tomadas pelo atual governo que prejudicam a educação.
“O ato não será apenas para relembrar esses dois momentos terríveis na história da educação do Paraná. Queremos fazer uma grande mobilização para continuar denunciando que o atual governo está destruindo a escola pública e atacando seriamente os trabalhadores da educação”, enfatiza Fabiano Severino.
CIDADES – Além da passeata e da assembleia em Curitiba, os educadores irão realizar atos em vários municípios. Em Foz do Iguaçu, os servidores se somam a integrantes do movimento social em panfletagem pela região central da cidade. A concentração será a partir das 9h, na Praça do Mitre, palco de inúmeras mobilizações dos trabalhadores da educação.
Os participantes do protesto irão vestir-se de preto, simbolizando o luto pelas atuais condições das escolas paranaenses. Para os educadores, a pauta de problemas enfrentados pelos servidores só tem aumentado e todas as medidas adotadas pelo governo prejudicam a escola e comprometem as condições de trabalho.
“O governo está comprometendo o direito que os adolescentes e jovens têm de frequentar uma escola de qualidade, que ofereça merenda, que disponha de biblioteca e projetos pedagógicos, que mantenha a infraestrutura adequada e que os educadores estejam motivados e com condições de exercer o seu papel de educador” defende Cátia Ronsani Castro, diretora da APP-Sindicato.