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Educadores de Foz e região defendem continuidade da greve no recesso escolar

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Foto: Marcos Labanca

Em reunião ampliada do Comando Regional de Greve nesta sexta-feira, 12, educadores de Foz do Iguaçu e região aprovaram que irão defender a continuidade da paralisação mesmo durante o recesso que começará na próxima segunda-feira, em todas as escolas da rede estadual.

A categoria avaliará o andamento da greve e aprovará as próximas ações na assembleia da APP-Sindicato, neste sábado, 13, em Curitiba. Em greve desde o dia 25 de junho, os servidores cobram do Governo do Paraná o pagamento da data-base, que é a recomposição das perdas da inflação – que somam 17%. A última reposição foi em janeiro de 2016, abaixo do índice inflacionário.

Durante a reunião no QG da Greve, na Praça da Paz, professores, pedagogos e funcionários de escolas avaliaram que a paralisação deve continuar durante o recesso, já que até agora o governo não apresentou proposta. Além da data-base, a pauta dos educadores reúne reivindicações pedagógicas e medidas de proteção ao plano de carreiras.

Conforme o secretário de Finanças da APP-Sindicato/Foz, Silvio Borges, a proposta aprovada pela base prevê a continuidade do movimento, mediante a manutenção do acampamento da greve e atividades junto à comunidade.

“A pauta dos servidores é justa, e está comprovado que o governo possui condições financeiras para fazer o pagamento da nossa reposição”, frisou Silvio. “É preciso que o governador supere sua intransigência e cumpra o que prometeu na campanha eleitoral, ou seja, pague a data-base”, completou.

O dirigente sindical explica que o governo é obrigado por lei a oferecer 200 dias letivos de aulas para os alunos. “Se o governador não dialogar e apresentar uma proposta decente que possa ser avaliada pela categoria, ele comprometerá o calendário escolar”, apontou Silvio.

Recesso escolar

Na reunião, educadores de Foz do Iguaçu e região decidiram, ainda, posição favorável ao retorno dos agentes educacionais às escolas durante o período de recesso, entre 15 e 24 de julho. Em calendários regulares, sem greve, esses servidores permanecem trabalhando.

“É uma medida para evitar que, ao final da greve, funcionários de escolas precisem cumprir longas jornadas de reposição. É um segmento de trabalhadores da educação que já são submetidos a períodos exaustivos de trabalho devido à falta de pessoal”, concluiu Silvio Borges.

Por tempo indeterminado

Os educadores da base da APP-Sindicato/Foz, reunidos na Praça da Paz, também fizeram um balaço da paralisação na região, por escola. Há greve em 100% dos estabelecimentos da rede estadual em Foz do Iguaçu, sendo que dez escolas estão praticamente sem aulas. Na região, esse índice é de 85%.

“A adesão à greve continua aumentando todo o dia. A categoria entende que apenas com união e participação nesse esforço coletivo haverá conquistas trabalhistas e para a escola pública”, ponderou a secretária de Comunicação da APP-Sindicato/Foz, Danielli Ovsiany Becker.

Principais reivindicações dos educadores:

– Pagamento da data-base (perdas acumuladas em 17%);

– Retirada do Projeto de Lei Complementar nº 4/2019 (corta garantias do plano de carreiras e congela salários por 20 anos);

– Fim da prova e banca para PSS (se governo aplicar prova, o aprovado deve ter o benefício da carreira, e não contrato precarizado);

– Adequação da remuneração dos agentes educacionais para que nenhum funcionário de escola ganhe abaixo do salário mínimo regional);

– Concurso público para a contratação de educadores;

– Eleições democráticas para diretor de escola.

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