Search
Previous slide
Next slide

Educadores de Foz do Iguaçu rejeitam proposta de mudança na aposentadoria

Previous slide
Next slide
 
Os educadores das escolas da rede pública estadual de Foz do Iguaçu e da Região Oeste acompanham a tramitação dos projetos de autoria do Governador Beto Richa que estão em discussão na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Organizados pela APP-Sindicato/Foz, os trabalhadores em educação se mobilizam em Curitiba para tentar evitar a aprovação dos projetos que instituem mudanças no sistema de aposentadoria do funcionalismo público estadual.
 
Estão sendo analisadas duas propostas que alteram os direitos dos servidores. Uma delas  prevê a taxação em 11% dos benefícios de aposentados e pensionistas que recebem acima do teto do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), hoje fixado em R$ 4.390,24. No Paraná, desde o ano de 2003, os aposentados e pensionistas não contribuem com a Paraná Previdência, o órgão previdenciário do Estado.
 
Outra proposta combatida pela categoria da educação é a que pretende implantar o Regime de Previdência Complementar, por meio do qual também será estabelecido o teto de R$ 4.390,24 como limite máximo para pagamento dos benefícios dos servidores paranaenses.
 
“Trata-se de um verdadeiro ataque do Governador Beto Richa contra os direitos dos servidores públicos estaduais. Como se vê, mais uma vez os trabalhadores poderão pagar a conta pela falta de controle nas contas públicas. A prática desse governo tem sido a de beneficiar consórcios, empreiteiras e grandes empresas ao custo do aumento de impostos para a população e corte dos diretos trabalhistas e previdenciários do funcionalismo”, diz Fabiano Severino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) – Núcleo Sindical de Foz do Iguaçu.

Foto: Marcos Labanca
Educadores de Foz acompanham a tramitação dos projetos da Assembleia Legislativa

 

Os projetos que alteram o sistema previdenciário do funcionalismo público integram um pacote de aproximadamente 20 propostas de autoria do Governador Beto Richa, que estão sendo discutidas e votadas pelos deputados estaduais, durante essa semana. As medidas apresentadas poderão elevar em 40% o valor do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e a redução de 5% para 3% no pagamento à vista desse tributo, bem como a eliminação do desconto de 10% do valor praticado para os recolhimentos em parcela única.
 
Além disso, o Governo do Estado propõe a elevação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina para 29% e requer autorização dos deputados para um tomar empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de 300 milhões de dólares, cerca de R$ 770 milhões.
 
“Como se vê, além de atacar os direitos previdenciários, o conjunto de medidas irá sobrecarregar toda a sociedade com mais impostos, comprometer as finanças e a capacidade de investimentos do Estado e retirar poder de compra da população, o que representa aumento da inflação e risco de desemprego”, reflete Fabiano Severino.
 
Em Curitiba, a mobilização dos trabalhadores da educação prevê a realização de audiência pública para a discussão dos projetos apresentados e o acompanhamento do debate nas comissões da Alep. Na terça-feira (09) e na quarta-feira (10), os educadores e dirigentes sindicais acompanham a votação das propostas no Plenário da Assembleia Legislativa.
 
Previous slide
Next slide