O Ecomuseu de Itaipu inaugura às 19h desta quinta-feira (16), dia em que completa 27 anos de criação, as últimas exposições de 2014. “Poty, poeta do traço”, do artista paranaense Poty Lazzarotto, traz novamente o tema “trabalho” para o museu de Itaipu. As cerca de 130 obras do artista enfocam o trabalhador e as profissões.
A mostra substitui a exposição “Trabalhadores”, do fotógrafo Sebastião Salgado, em cartaz desde 6 de junho.
Além de Poty, outras duas mostras vão estrear no Ecomuseu: “Foz em Aquarelas”, de Beto Candia, e “À mão livre”, de Haroldo Alvarenga.
Poeta do traço
A exposição de Poty traz 130 gravuras e desenhos aquarelados sobre o tema “trabalhador” e “profissões”, mostrando diferentes fases do artista. Dois videodocumentários também compõem a exposição: um com depoimentos sobre o artista e outro com o próprio autor falando sobre seu trabalho.
A exposição vem a Foz do Iguaçu graças a uma parceria do Ecomuseu com o Museu Oscar Niemeyer (MON), de Curitiba. A mostra permanece em cartaz até 8 de fevereiro de 2015.
Poty Lazzarotto nasceu em 29 de março de 1924, em Curitiba, e faleceu em 8 de maio de 1998. Conhecido pelos grandes painéis em cerâmica, Poty tem obras espalhadas por todo o Estado, principalmente, em sua cidade natal.
Em Itaipu, o painel “Trabalhadores da Barragem”, construído em 1998 em frente ao Mirante Central, por onde passam os turistas que visitam a usina, presta uma homenagem aos barrageiros de Itaipu.
Foz em esculturas e aquarelas
A mostra “À mão livre”, de Haroldo Alvarenga, faz uma homenagem em memória do artista plástico iguaçuense (foto acima), que morreu em março do ano passado.
São esculturas em cera, madeira e, principalmente, em metal, muitas das quais estavam espalhadas por Foz do Iguaçu. O curador da exposição é o pesquisador Jorge Anthônio e Silva, docente em Cultura e Arte Latino-Americana na Unila.
A exposição “Foz em Aquarelas” traz 17 desenhos do artista Beto Candia, retratando o passado, presente e futuro da cidade. São paisagens como a Ponte da Amizade, as Cataratas do Iguaçu, vários ângulos da Itaipu (veja acima um dos quadros), o Templo Budista, a Catedral de Nossa Senhora de Guadalupe, entre outros.
A exposição é feita em parceria com a RPCTV, Cataratas do Iguaçu S.A., Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf) e ficará de forma permanente no Ecomuseu, sob gestão do Fundo Iguaçu.
Nova fase do Ecomuseu
Desde o ano passado, o Ecomuseu de Itaipu assumiu a tendência de prestigiar as artes contemporâneas. Entre julho e novembro de 2013, a exposição “Múltiplo Leminski” atraiu 130 mil pessoas ao espaço, batendo o recorde histórico de visitação.
Em 2014, o Ecomuseu recebeu a instalação Lágrimas de São Pedro. O objetivo é fazer do Ecomuseu, além de sua tendência educativa, também um espaço cultural e artístico.