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Dólar comercial sobe para R$ 5,69, mas lojas na fronteira seguram cotação para atrair consumidores

Mesmo com alta da moeda americana, o dólar paralelo, comum na fronteira, mantém-se estável, incentivando compras. B3 encerra o dia em queda de 0,22%, influenciada pelo petróleo e juros.
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Em um dia de oscilações no mercado financeiro, o dólar comercial fechou em alta nesta sexta-feira (18), alcançando R$ 5,698, a maior cotação desde agosto. A Bolsa de Valores (B3) também sofreu queda, com o Ibovespa registrando recuo de 0,22%, influenciado pela queda no preço do petróleo e a expectativa de aumento dos juros.

A moeda norte-americana chegou a abrir o dia em baixa, mas logo inverteu o movimento, subindo ainda na primeira hora de negociações. O pico do dia ocorreu por volta das 16h40, quando o dólar chegou a R$ 5,70. Em outubro, a divisa acumula alta de 4,61% e já registra um aumento de 17,41% ao longo de 2024.

Ibovespa e fatores que influenciaram o mercado

O índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou a sexta-feira com 130.499 pontos, uma queda de 0,22%. Durante a manhã, chegou a registrar alta de 0,71%, mas reverteu o movimento e terminou em baixa. A desvalorização foi impulsionada por ações ligadas ao setor de petróleo e ao consumo, que refletem a queda do petróleo no mercado internacional e a expectativa de alta nos juros.

Além disso, os receios relacionados ao aumento dos gastos do governo federal também pesaram nas decisões dos investidores, que aguardam medidas econômicas para conter os gastos obrigatórios.

Dólar na fronteira: lojistas seguram a cotação

Mesmo com a alta expressiva do dólar comercial, o cenário nas lojas e casas de câmbio de Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, foi diferente. Para manter a atratividade junto aos consumidores brasileiros, os lojistas paraguaios optaram por segurar a cotação da moeda. Enquanto o dólar comercial subia para R$ 5,698, o dólar paralelo, utilizado para transações na fronteira, manteve-se em R$ 5,69. A diferença mínima entre a cotação do dólar comercial e do paralelo é uma novidade que viajantes e compradores não estão acostumados a experimentar. Em média, a cotação da fronteira acompanha as variações da cotação comercial, mantendo-se sempre com 10 ou 15 pontos mais cara que a cotação oficial. 

Cotação da moeda americana em uma das casas de câmbio de Ciudad Del Este na tarde desta sexta-feira (18).

Essa estratégia, somada a promoções e vantagens exclusivas para os compradores, tem surtido efeito. No auge do dia, às 13h de ontem, restaurantes de shoppings na cidade chegaram a formar filas, reflexo do aumento no fluxo de turistas brasileiros atraídos pelos preços competitivos.

Impacto da economia chinesa e cenário doméstico

No cenário internacional, o crescimento econômico da China no terceiro trimestre foi levemente superior ao esperado, o que ajudou a fortalecer moedas de países emergentes. Contudo, os fatores internos brasileiros prevaleceram nas decisões do mercado, com a alta do dólar e a queda da bolsa refletindo preocupações fiscais.

Nos últimos dias, o governo brasileiro enviou ao Congresso propostas que ampliam os gastos públicos, incluindo um projeto que destina R$ 4 bilhões do Fundo Nacional de Aviação Civil para socorrer empresas aéreas. Apesar das promessas da equipe econômica de enviar um pacote de corte de gastos após o segundo turno das eleições municipais, os investidores ainda demonstram ceticismo quanto à efetividade dessas medidas.

Com informações: Agência Brasil

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