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Treinos, treinos, treinos. Essa costuma ser a rotina diária da maioria dos atletas profissionais. Soma-se a isso uma alimentação balanceada, dedicação e objetivos a serem alcançados. Como deu para perceber, a vida dessas pessoas envolvidas com o esporte não é fácil; por isso elas mereceriam, no mínimo, uma data especial para serem lembradas.
E essa data no Brasil, acontece no dia 21 de Dezembro. É o Dia do Atleta. Instituído no país em 1961, pelo então presidente Jânio Quadros. Lá se vão 48 anos onde muita coisa no esporte mudou. Novas tecnologias, novas regras nas modalidades, o surgimento de novos ídolos esportivos. O que não mudou, foi a dedicação realizada por quem busca superar seus limites a todo instante.
Do grego “athletés”, que significa “lutador”, a palavra atleta é o termo utilizado na língua portuguesa para denominar quem pratica esportes ou tem capacidade física acima da média. A palavra surgiu na Grécia e Roma antigas e, a princípio, denominava apenas quem praticava o atletismo, o que na época eram poucos.
Brasil – Um país de proporções gigantescas como o Brasil é um verdadeiro celeiro de grandes atletas. A cada ano surgem novos competidores que se destacam em várias modalidades esportivas e obtêm bons resultados. Isso tudo, mesmo não tendo as melhores condições de treinamentos necessárias. Na maioria das vezes, faltam estruturas e programas de incentivo do governo federal às práticas esportivas, as quais devem ser iniciadas ainda nas escolas.
“A estrutura física para a prática esportiva no interior do Brasil ainda é muito precária. Elas estão concentradas nos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo. Isso se deve à falta de retorno financeiro que grandes empresas privadas tem e por isso acabam não investindo no esporte, evitando uma possível parceria com o poder público. Podemos dizer que o país ainda está engatinhando nesse aspecto”, explica o professor de Educação Física Paulo Sérgio Chrusciak. Ainda de acordo com Chrusciak, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016 poderão mudar esse cenário no Brasil.
Em Foz do Iguaçu – A situação não difere em Foz do Iguaçu. Até há uma iniciativa por parte da prefeitura de Foz, para o incentivo à prática esportiva. São os centros escola-bairro, que ocorrem nos principais bairros da cidade.
Nestes centros são realizadas diversas atividades, entre esporte, lazer, arte e cultura e são destinadas não apenas às crianças matriculadas nas escolas, mas aos pais dos alunos, moradores dos bairros correspondentes. Há também atividades que são desenvolvidas nos diversos ginásios espalhados pela cidade.
Apesar de o esporte valorizar o slogan “O importante é participar”, algo pareceu estar errado em 2009, na participação de Foz do Iguaçu nos Jogos da Juventude e Jogos Abertos. Resultados muito abaixo dos esperados por uma cidade do tamanho de Foz demonstraram que ainda falta um maior investimento na categoria.
O esporte mostra cada vez mais não haver idade para se começar a praticar |
“Mas acabam existindo outras prioridades em uma cidade, como saneamento, moradia entre outros, que acabam deixando o esporte em segundo plano. A isenção de impostos nessa área, ainda é muito baixa, por isso atrai poucos investidores da iniciativa privada”, relata novamente Paulo Sérgio.
Atletas brasileiros – Entre os atletas do Brasil um que se destacou em 2009 sem dúvidas foi o nadador Cesar Cielo. Cielo, medalhista de ouro nos 50m livres nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, conquistou este ano o primeiro lugar no Mundial de Natação, em Roma nos 50 e 100m, batendo recordes mundiais. Na última sexta-feira (18), bateu um novo recorde nos 50m, com o tempo de 20s91, no Open de Natação, em São Paulo, última competição utilizando o supermaiô, que será proibido a partir de 2010.
Cielo, Diego Hypolito, Torben Grael, Poliana Okimoto, Natália Falavigna e Sarah Menezes concorrem nesta segunda (21) ao Prêmio Brasil Olímpico, organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro e que premia os principais nomes do esporte brasileiro no ano. A cerimônia acontece às 18h30 no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.