O crescimento do setor de turismo, acima do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado na sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é resultado de uma estratégia definida, a partir de 2002, para o turismo nacional, disse o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Carlos Alberto Amorim Ferreira. “[O turismo] virou um programa de Estado, não de governo. E, com isso, foi começando a ser dada mais importância ao setor. Os estados começaram a entender o turismo como economia e os municípios também entenderam que isso poderia gerar emprego e renda”, disse.
De acordo com o IBGE, as atividades de turismo no período apresentaram expansão de 22%, superando os 19,3% de crescimento observados no conjunto da economia brasileira. A contribuição do setor ao PIB, entretanto, permaneceu no mesmo patamar de 3,6%. Para Ferreira, o crescimento “já era mais ou menos esperado, porque desde 2002, com a criação do Ministério do Turismo, esses números vêm crescendo”.
O presidente da Abav disse ainda que as perspectivas para o turismo interno, que mostrou significativa evolução nos últimos anos, são de permanente ampliação, tendo em vista o surgimento, com a melhor distribuição de renda, de uma “classe emergente C e D”, formada por cerca de 25 milhões a 30 milhões de pessoas entrando no comércio de turismo. “Então, esse número não nos surpreende. Eu acredito também que no próximo estudo, de 2007 a 2010, esse número ainda vai crescer mais do que o PIB brasileiro, com toda certeza”.
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Ferreira falou ainda dos resultados positivos alcançados pelo setor turístico na Feira das Américas – Abav 2010, que termina hoje, no Riocentro. “Os números vão ser favoráveis também por causa do bom momento da economia”. Segundo ele, os megaeventos esportivos previstos para o Brasil a partir de 2011, envolvendo os Jogos Mundiais Militares, a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo de Futebol (2014) e os Jogos Olímpicos (2016), farão o movimento turístico crescer muito no país.
“Isso já repercutiu na feira da Abav deste ano. Foram mais expositores presentes, mais países presentes porque o Brasil começa a ser visto lá fora como um potencial destino de passageiros, de turistas, aproveitando que a nossa moeda se fortaleceu bastante. Enfim, os dados são bem positivos”, disse.