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Copa do Mundo 2014: expectativas e realidade

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A Copa do Mundo de futebol e os Jogos Olímpicos são os maiores acontecimentos desportivos do planeta. Se as Olimpíadas ganham pela quantidade de competidores, pelo número de países participantes e pela diversidade esportiva, a Copa do Mundo se destaca pelo poder de despertar mais intensamente o interesse e a paixão do público, o que pode ser comprovado pelos índices de audiência registrados pelas emissoras de TV em todo o mundo. "Segundo dados da Fifa, cerca de 560 milhões de pessoas, de 240 países, assistiram pela TV a cada um dos jogos da Copa da Alemanha, o que resultou em uma audiência acumulada em quase 30 bilhões de espectadores. As transmissões das Olimpíadas de Pequim, segundo a imprensa, obtiveram algo em torno de 4,4 bilhões de espectadores em todo o mundo", explica Álvaro Bezerra de Mello, presidente da ABIH Nacional.

Embora a próxima Copa do Mundo já seja uma realidade para o Brasil, as cidades escolhidas como sede terão que fazer investimentos em vários setores como hotelaria, treinamento de mão de obra, mobilidade urbana, equipamentos, segurança, entre outros. O ministro do Turismo, Luiz Barreto, já está articulando um PAC da Copa do Mundo para preparar as 12 cidades escolhidas para sediar os jogos em 2014. O anúncio será feito em julho durante o 4º Salão do Turismo e inclui capacitação, infraestrutura em turismo, hotelaria e promoção.

Veja a seguir como a hotelaria dessas cidades está se preparando para a Copa do Mundo:

Belo Horizonte – os hotéis da cidade terão dois mil quartos reformados, levando um acréscimo de mais 16% aos 12 mil quartos existentes na capital. No entorno, a menos de meia hora de distância, existem pelo menos mais sete mil quartos para serem oferecidos aos turistas da Copa. O gargalo seria por conta da classificação, já que na capital só há um cinco estrelas. Os melhores hotéis já têm cerca de 50 a 80% de quartos reservados pela Fifa para as delegações, convidados especiais e parte da imprensa. As reservas podem ser confirmadas ou canceladas até 2013.

Recife – De acordo com José Otávio Lins há cerca de dois anos a Fifa reservou toda a capacidade hoteleira de Recife. A cidade tem uma oferta atual de 43.033 leitos, incluindo as cidades vizinhas. Para ele é preciso definir uma marca turística para a cidade facilmente identificável e que tenha longevidade após o mundial.

Manaus – O anúncio de Manaus como sede da Copa do Mundo de 2014 atraiu a atenção de importantes empresas de hotelaria do mundo, como Accor, Atlântica Hotéis e International Hotel Group (IHG). Até 2011, R$ 50 milhões serão investidos na construção de dois novos hotéis na capital amazonense: uma filial do Novotel e outra do Holiday Inn Express. Além disso, há planos ainda para a instalação do conceito Formule 1 e do Go Inn Manaus.

Fortaleza – Destino de grande número de turistas brasileiros e estrangeiros, Fortaleza possui uma boa rede hoteleira com quase 17 mil leitos distribuídos por mais de 200 opções de hospedagem, a maior parte localizada próxima à orla. Com o turismo sempre em ascensão, a cidade já testemunha a expansão de luxuosos resorts, que devem aumentar em muito o número de quartos disponíveis.

Natal – Além dos atrativos naturais a cidade possui uma rede hoteleira de qualidade com aproximadamente 25 mil leitos.

Porto Alegre – A capital gaúcha tem 16 mil leitos, levando-se em conta as cidades vizinhas, como Gramado, Canela e Caxias do Sul, localizadas a cerca de 150 KM, o número de leitos chega a 36 mil leitos.

Rio de Janeiro – De acordo com Alfredo Lopes, presidente da ABIH-RJ, cerca de 10mil empregos serão gerados até a Copa. Na hotelaria há 19 projetos de novos hotéis em andamento, além da ampliação e recuperação dos que já existem.

São Paulo – O mercado hoteleiro está plenamente capacitado na questão de hospedagem. "Contamos com cerca 2,5 mil hotéis no estado, o que deve representar algo em torno de 150 mil UHs. A quantidade de apartamentos exigidos pela Fifa será sanada apenas na capital paulista, que possui cerca de 40 mil UHs. Se contarmos da área metropolitana até Campinas, este número se aproxima dos 100 mil. A hospedagem definitivamente não preocupa. Acredito que até 2014 algo em torno de 5 mil novas UHs serão implantadas, independentemente da competição, acompanhando a demanda", diz o presidente da ABIH-SP, Maurício Bernardino.

Brasília – O Distrito Federal tem uma rede hoteleira de 30 mil leitos e, somando-se às cidades localizadas em um raio de 150km, esse número chega a 60 mil leitos. De acordo com Tomaz Ikeda, presidente da ABIH-DF, apesar do governo ter liberado financiamentos para construção de novos hotéis, ainda há ociosidade na hotelaria do estado, chegando a alcançar 50% da capacidade em alguns períodos.

Curitiba – A cidade tem 25 mil leitos. Com as cidades vizinhas localizadas num raio de 100 km, somam-se mais dois mil leitos

Salvador – A cidade conta com uma importante rede hoteleira estruturada, com previsão de até 2014 receber o reforço de dois novos grandes hotéis, ganhando mais 760 quartos. Hoje, Salvador dispõe de 24.898 leitos; até 2014, este número será ampliado em, pelo menos, mais 4.218 novos leitos.

Cuiabá – A cidade é a sede com menos leitos disponíveis. Atualmente conta com cinco mil leitos que, somando-se a estrutura hoteleira operando num raio de 100km, chega a sete mil e quinhentos leitos. Atualmente, existem oito hotéis em construção na cidade e diversos grupos hoteleiros procurando áreas para construção ou com projetos em andamento na prefeitura

 

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