A Itaipu Binacional fez uma parceria com a Associação de Basquete de Foz do Iguaçu (Abasfi), no valor de R$ 9 milhões. Desse total, R$ 6,6 milhões são recursos próprios para contrapartida econômica da Abasfi e outros R$ 2,5 milhões da Binacional. O projeto Basquete Sem Fronteiras – Transformando Vidas por Meio do Esporte – tem duração de cinco anos. O convênio faz parte do pacote de R$ 1,3 bilhão de investimentos de Itaipu em Foz do Iguaçu (PR).
Com este apoio, o projeto poderá promover a inclusão social e a formação cidadã de 900 crianças e adolescentes de 5 a 18 anos incompletos, em situação de vulnerabilidade social, por meio do esporte, especificamente o basquetebol. “É uma forma de as empresas investirem em futuros profissionais, transmitindo seus valores e cultura, desenvolvendo habilidades e preparando os jovens para o primeiro emprego”, explicou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri.
Por causa da localização da região de fronteira, as crianças e adolescentes que não têm oportunidade de estudo e de inserção no mercado de trabalho podem se tornar vítimas em potencial dos crimes de contrabando, descaminho e tráfico de drogas. O convênio vem para mudar essa realidade.
A proposta é trabalhar numa abordagem sistêmica, acompanhando e atendendo as necessidades desse público-alvo referentes a direitos básicos das famílias abrangidas, como acesso à alimentação, à moradia, à educação e à saúde.
Inclusão social
O gestor do convênio pela Itaipu, Waldemar Pilger, da Divisão de Iniciativas de Responsabilidade Social (RSIR.GB), explica que o convênio se justifica por vários motivos. Primeiro, porque as ações e atividades propostas na parceria estão de acordo com a missão de Itaipu, que é gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável do Brasil e do Paraguai.
Pilger também destaca que o projeto vai ao encontro da visão estabelecida no Planejamento Estratégico de Itaipu, de ser uma empresa binacional moderna, colaborativa e comprometida com a integração regional, reconhecida pela excelência na geração de energia limpa e renovável e pela sua contribuição ao desenvolvimento sustentável dos parceiros países no empreendimento hidrelétrico.
A proposta ainda converge com os objetivos estratégicos empresariais em relação ao desenvolvimento social.
Beneficiados
O Basquete Sem Fronteiras vai beneficiar inicialmente os bairros Porto Meira, Jardim das Flores, Três Bandeiras, Itaipu A, Porto Belo e Itaipu C. Existe a possibilidade de o projeto se estender para outras localidades, de acordo com a procura e a disponibilidade de professores.
Segundo a resolução do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) n° 01/2013 e a Resolução CIT n°01/2013, a população caracterizada pela vulnerabilidade e alto índice de risco pessoal e social é composta por indivíduos em situação de isolamento; vítimas de trabalho infantil, vivência de violência e/ou negligência; e ainda de evasão escolar ou com defasagem escolar superior a dois anos.
Também se enquadram nesse grupo pessoas em situação de acolhimento, abuso e/ou exploração sexual e de rua, cumprindo medidas socioeducativas e que precisem de medidas de proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de pessoas com necessidades especiais em situação de vulnerabilidade.
A prioridade é atender crianças e adolescentes procedentes de escola públicas estaduais ou municipais, que não estejam inscritos e/ou participando de outro projeto de cunho social gratuito, mas tenham inscrição no CadÚnico ou Id Jovem.
Também terão preferência as inscrições mais antigas, com incentivo à equidade de gênero. Em caso de não preenchimento das vagas por crianças e adolescentes em situação vulnerável, elas poderão ser preenchidas por outro público.