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CÔNSUL DA POLÔNIA VISITARÁ TÚMULO DE CIENTISTA POLONÊS ENTERRADO DENTRO DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU

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Tadeuz Chrostowski é considerado patrono da ornitologia do Paraná; cônsul desembarcará no aeroporto de Foz do Iguaçu na segunda-feira à tarde

A cônsul geral da Polônia em Curitiba, Marta Olkowska, é esperada em Foz do Iguaçu na próxima segunda-feira (18). A previsão de chegada ao aeroporto é às 14h15. O primeiro compromisso dela será a visita ao túmulo do naturalista e cientista polonês, Tadeusz Chrostowski, dentro do Parque Nacional do Iguaçu, em Matelândia. O pesquisador é considerado patrono da ornitologia paranaense – ciência que estuda os pássaros. Ele faleceu em 1923, na localidade de Pinheirinho (então, Foz do Iguaçu), durante a terceira expedição ornitológica que fazia no Paraná.

A cônsul da Polônia será acompanhada pelo professor e historiador, Maurício Dezordi, que está à frente do projeto de reconstrução do antigo monumento erguido pela comunidade polonesa do Paraná, em 1933, em homenagem a Chrostowski. Atualmente, restam apenas ruínas. Em Foz do Iguaçu, a cônsul Marta Olkowska também terá contato com autoridades do Parque Nacional do Iguaçu e da Itaipu Binacional.

O consulado polonês financiou a iniciativa de reconstruir o túmulo do pesquisador que conta também com o apoio da Prefeitura Municipal de Matelândia, do Parque das Aves, da Agência de Desenvolvimento da Região Turística Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu (Adetur) e de um grupo de voluntários. Segundo o professor Maurício Dezordi, a operação de reconstrução é supervisionada pelo Parque Nacional do Iguaçu. Autoridades policiais já foram notificadas, por meio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), para acompanharem as obras, caso sejam encontrados vestígios ósseos do patrono da ornitologia paranaense.

O pesquisador de ornitologia, Fernando Straube, que vive em Curitiba, é biógrafo do naturalista polonês. Ele acompanha os trabalhos e considera a iniciativa relevante não só para a história do Paraná, mas para a história mundial.  “É um momento histórico de reconhecimento, de respeito e de ação pela memória de uma pessoa que tanto se dedicou à nossa ciência”, comentou. Os estudos de Straube apontaram que a exaustiva coletânea preparada por Tadeusz Chrostowski, com base em suas viagens entre 1910 e 1911, é considerada a primeira obra publicada versando exclusivamente sobre avifauna e unicamente sobre o estado do Paraná.

Memorial Tadeuz Chrostowski
O monumento batizado de “Memorial Tadeuz Chrostowski – Patrono da Ornitologia Paranaense” será reerguido exatamente no local do antigo túmulo do pesquisador polonês Tadeuz Chrostowski, em Matelândia. O professor Maurício Dezordi encontrou o local do túmulo em 2020/2021, seguindo informações de relatos e do diário de Tadeusz Chrostowski. O novo memorial terá como base uma gravura que ilustra como era a obra construída pela comunidade polonesa da época, na década de 1930. Pedras que ainda estão no local serão reaproveitadas. Pedaços da lápide original serão usados. Os trabalhos serão minuciosos e o intuito é que o monumento fique voltado para a Estrada Velha de Guarapuava, para que visitantes possam conhecer e projetos educativos sejam desenvolvidos.

O ano de 2023 é emblemático para a história do polonês Tadeuz Chrostowski porque marca os 100 anos da morte do pesquisador. A data foi relembrada em Foz do Iguaçu com uma missa, em abril passado, na Igreja Bom Jesus do Migrante, na Vila Portes. A missa foi celebrada pelo padre visitante, Zdzislaw Malczewski, da Missão Polonesa no Brasil, com sede em Porto Alegre, e cocelebrada pelo  pároco Albino Mattei.

Nascido em 25 de outubro de 1878, em Kamionka (Polônia), Tadeuz Chrostowski é pioneiro na área da ornitologia e da pesquisa da avifauna paranaense. Ele é considerado patrono da ornitologia do Paraná devido à importância e à contribuição das pesquisas e pelo tempo em que residiu no Paraná, catalogando amostras de aves até então desconhecidas. Chorostowski realizou, ao todo, três expedições científicas ao Paraná entre os anos de 1910 e 1923, ano de seu “prematuro” falecimento. Foi sepultado no dia 4 de abril de 1923, às margens da estrada velha de Guarapuava, na área que futuramente viria a se tornar o Parque Nacional do Iguaçu.

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