O cometa C/2024 G3 (Atlas), que surge a cada 160 mil anos, está iluminando os céus da fronteira neste fim de semana. Com potencial para ser tão brilhante quanto Vênus, o segundo objeto mais luminoso do céu, ele pode ser observado a olho nu, desde que as condições meteorológicas sejam favoráveis.
Descoberto em abril de 2024 pelo sistema de alerta ATLAS (Sistema de Alerta de Impacto Terrestre de Asteroides, da NASA), o cometa estava a mais de 600 milhões de quilômetros da Terra no momento de sua identificação.
Ponto mais próximo do Sol
Na última segunda-feira (13), o cometa alcançou seu periélio, o ponto mais próximo do Sol em sua órbita. Embora o brilho dos cometas seja difícil de prever, o C/2024 G3 (Atlas) surpreendeu ao ser visível sem o auxílio de instrumentos.
O professor e astrofotógrafo brasileiro Rodrigo Guerra registrou imagens do cometa sobre as Cataratas do Iguaçu. Guerra, conhecido por ministrar cursos de astrofotografia, já teve trabalhos reconhecidos por publicações da NASA.
Como observar o cometa
Até o final de janeiro, o melhor horário para observá-lo será logo após o pôr do sol, na direção da constelação de Capricórnio. Durante a segunda quinzena do mês, o cometa estará mais próximo do horizonte poente, perdendo brilho gradualmente à medida que se afasta do Sol.
Alinhamento planetário em janeiro
Além do cometa, outro fenômeno raro poderá ser observado em janeiro: o alinhamento de sete planetas. Na noite de 21 de janeiro, quatro planetas serão visíveis simultaneamente.
De acordo com o astrônomo Janer Vilaça, especialista em ensino de Astronomia pela NASE-IAU, Vênus e Saturno estarão próximos no sudoeste logo após o anoitecer, enquanto Júpiter estará mais alto no céu, e Marte surgirá no leste.