A partir desta segunda-feira (1º) está liberada a pesca nos principais rios do Paraná. A medida se deve ao fim do período de reprodução dos peixes – que ocorre entre 1º de novembro e 28 de fevereiro, quando o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) proíbe a pesca para proteger os estoques pesqueiros nos rios do Paraná. “Esta ação é prevista por lei e visa proteger a reprodução natural dos peixes nos rios de domínio do Estado”, explica o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko.“Essas medidas auxiliam no equilíbrio natural da biodiversidade das bacias hidrográficas”, completa Burko.
Está liberada a pesca nos rios com afluência direta ao reservatório de Itaipu, bem como nos rios Tibagi e seus afluentes, rio Arroio Guaçu, Piquiri, Ivaí, Ocoí, São Francisco Falso, São Francisco Verdadeiro, das Cinzas e Laranjinha.
Segundo o coordenador do Centro de Piscicultura do IAP em Toledo, o engenheiro de pesca Taciano Maranhão, o volume de peixes encontrado nos rios após a Piracema supera o do mesmo período do ano passado. “Com a fiscalização e orientação do IAP e da Força Verde estamos reduzindo a cada ano o número de autuações. A combinação de poucas infrações com a alta no volume das chuvas, gerando cheias nos rios, ajudou muito na reprodução dos animais”, afirma Taciano. Segundo ele, devido a estes fatores, a quantidade de peixes nos rios é maior do que o esperado, ajudando na recuperação da flora e fauna dos rios.
Fiscalização – Durante o período da piracema o Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde e o IAP promoveram fiscalizações para coibir a pesca predatória no período de reprodução dos peixes. Ao todo, foram 129 autuações por pesca predatória nos principais rios do Paraná. Outros 300 pescadores foram abordados e orientados pelos policiais da Força Verde e fiscais do IAP. As regionais do IAP em Maringá, Umuarama, Paranavaí e Litoral são as que mais contabilizam infrações de pesca ilegal. Até o dia 28 de fevereiro foram apreendidas no Paraná 30 redes de arrastos e outros 13.860 mil metros de redes em Umuarama e Maringá. O volume de peixes capturados ilegalmente foi de quase uma tonelada, somando as apreensões em todo o Paraná.
No período de reprodução dos peixes, os pescadores profissionais registrados nas associações da classe e na Secretaria de Aquicultura e Pesca do Governo Federal recebem recursos para se manterem durante o tempo em que são obrigados a parar com as atividades.
Para quem é flagrado praticando a pesca predatória, as punições são prisão de um a três anos e multa de R$ 700 a R$ 100 mil, além de R$ 20 por quilo ou fração do produto da pescaria.
Denúncias de pesca predatória e de outros crimes ambientais podem ser feitas diretamente pelo telefone 0800 6430304. A ligação é gratuita, durante as 24 horas do dia. A identidade de quem denuncia é mantida em sigilo.