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Com atrações para todas as idades, Latinoware 2019 reúne 2,7 mil participantes

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Foto: Kiko Sierich

Educação, negócios, robótica, segurança cibernética e iniciação científica foram alguns dos temas que deram o tom do 16º Congresso Latino-americano de Software Livre e Tecnologias Abertas (Latinoware). O evento encerrou nesta sexta-feira, 29, no Rafain Palace Hotel & Convention, com mais de 2,7 mil participantes.

Promovido pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e pela Itaipu Binacional, o Latinoware contou com atividades que despertaram a curiosidade de um amplo público formado por diferentes áreas de atuação e faixas etárias, de crianças a idosos. “A percepção geral quanto ao evento foi muito boa. As palestras foram de alto nível e seus conteúdos agradaram o público, assim como a área de exposição que esteve sempre movimentada, despertando o interesse de todos que passavam pelo local”, destacou o coordenador do evento pelo PTI, Miguel Matrakas.

A principal novidade do Latinoware deste ano, que voltou a ser realizado no Rafain Palace Hotel & Convention depois de 15 anos, foi a trilha Latin.Science, que logo em sua primeira edição recebeu mais de 70 trabalhos científicos de 150 pesquisadores de 14 estados brasileiros, além de Argentina, Paraguai, Espanha e Portugal. Deste total, 36 trabalhos científicos foram apresentados. Entre eles, destaque para uma ferramenta digital voltada para a prevenção de suicídios, o desenvolvimento de um museu virtual utilizando ferramentas livres e um sistema web para denúncias ambientais.

De acordo com o coordenador do Latinoware pela Itaipu, Marcos Dellazari, “o objetivo é,  na próxima edição, recebermos a chancela da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e ser submetido à qualificação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)”. Segundo ele, o aval destas entidades dará o peso acadêmico ao Latin.Science e vai estimular na região a produção científica na área de softwares livres.

Por meio da tecnologia, o congresso também foi palco de um encontro entre duas gerações distintas no “Desafio PTI Microduino”, que reuniu crianças do projeto Amigos do Refúgio e idosos do Grupo Bem Estar, do Conselho Comunitário da Vila C, no desenvolvimento de iniciativas. Entre os projetos elaborados pela turma estavam casas com sensores de movimento com foco na economia de energia, horta com sistema de irrigação inteligente, iluminação pública com sensores de luminosidade e movimentos, entre outras ações que utilizam a tecnologia em prol da sustentabilidade no meio urbano.

Foto: Kiko Sierich

Robótica

Em uma das atividades mais movimentadas do Latinoware 2019, o torneio de robótica First LEGO League reuniu adolescentes de toda a região em uma batalha de robôs em formato de mesa contendo um cenário repleto de obstáculos, na qual as equipes precisavam cumprir uma série de tarefas.

A atividade promovida pelo Colégio Sesi Internacional de Foz do Iguaçu, teve como objetivo compartilhar experiências e superar os desafios propostos. Ao redor, os espectadores e demais times formavam uma grande torcida que incentivava e vibrava a cada missão cumprida. Além dos conceitos de matemática, física e robótica, outros componentes são imprescindíveis para o First LEGO League: os core values, ou seja, valores como a cooperação, a ajuda mútua e a competição amigável.

Inteligência Artificial

No último dia do Latinoware, o destaque ficou por conta da Inteligência Artificial (IA). Na palestra ministrada pelo sócio fundador da empresa OITI/NETi Tecnologia, Alessandro de Oliveira Faria, o público pôde conhecer como a IA pode ser aplicada a serviço da humanidade, como, por exemplo, ao detectar com uma hora de antecedência a ocorrência de um ataque epilético, conversar com o espelho enquanto escova os dentes e câmeras em 360º capazes de identificar os gestos de assaltantes.

A IA, segundo Faria, também permite o diagnóstico de câncer de pele com mais de 85% de precisão, com um equipamento de baixo custo, portátil e com funcionamento offline – o que seria de muita utilidade principalmente em áreas onde médicos e a internet não conseguem chegar. Mas ele pontua: “Nenhuma tecnologia possui supremacia alienígena”. De acordo com ele, todas as tecnologias possuem pontos fortes e fracos, e a combinação delas permite aumentar as suas eficácias.

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