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CCZ alerta para risco de raiva transmitida por morcegos em Foz

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O Centro de Controle de Zoonoses já registrou 22 casos de morcegos com raiva em Foz do Iguaçu em 2017. O número é considerado bastante alto e o principal alerta é para os proprietários de cães e gatos, que precisam ficar atentos à vacinação de seus animais. Por determinação do Ministério da Saúde a vacina só está disponível na rede privada. 

“Morcegos existem em todas as regiões da cidade e isso em si, não é um problema. O risco só existe quando eles caem ou ficam vulneráveis, possibilitando que eles tenham contato com animais domésticos ou seres humanos. É nesse tipo de contato que pode acontecer uma contaminação do vírus da raiva” explica a médica veterinária do CZZ, Luciana Chiyo. 

O número de morcegos encontrados esse ano com o vírus da raiva supera o do ano passado, mas Chiyo explica que a quantidade de amostras coletadas também aumentou, isso devido ao registro de casos desde janeiro desse ano. “Isso é fruto da vigilância epidemiológica. À medida que as pessoas estão mais atentas ao problema, o número de amostras aumenta e a Vigilância também intensifica suas ações.” Destaca. 

Os Morcegos

O morcego é um mamífero de hábitos noturnos que tem importante papel na preservação ambiental, mesmo nas cidades. Com uma dieta baseada em frutas e insetos os morcegos atuam na polinização de inúmeras frutíferas. Nas cidades, muitas espécies de morcego são conhecidas por consumirem até o dobro de seu peso em insetos em apenas uma noite. 

“Os morcegos tem grande importância na manutenção do equilíbrio ecológico, bem como na economia rural. Mesmo com o fato de morcegos serem grandes dispersores de sementes, colonizadores, controladores de populações de insetos, alguns inclusive prejudiciais ao homem (como transmissores de enfermidades como dengue, febre amarela e leishmaniose) pouco se tem feito para sua conservação, por isso pede-se cautela no manuseio e que se evite a matança dos mesmos.” Alerta a biologa Chaoline Kamer.

O morcego é considerado um animal inofensivo. O Brasil abriga pelo menos 170 espécies de morcegos e a preservação desse animal levou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente a declarar os anos de 2011 e 2012 como “Anos Internacionais do Morcego”. 

Caso seja encontrado um morcego caído, vivo ou morto, a orientação é para que o mesmo não seja tocado e que se impeça qualquer outro animal de ter acesso. O ideal nesses casos é cobrir o morcego com um balde vazio e acionar o CCZ.

O CCZ deve ser acionado sempre que for percebido comportamento atípico em morcegos, como voar durante o dia ou ficar exposto ao sol, a orientação é para que se evite o contato e informe os órgãos de saúde. O CCZ atende pelo fone (45) 3524-8848. 

A Raiva

O vírus da raiva é transmitido por meio de mordedura, arranhadura e lambedura de animais como morcegos, cães e gatos contaminados. A doença pode ser transmitida entre os animais e para os humanos. A raiva humana (hidrofobia) é uma doença viral aguda, progressiva e mortal.

Os proprietários de animais domésticos, como cães e gatos, têm a responsabilidade dobrada.  Segundo o Estatuto Municipal de defesa, controle e proteção dos animais (Lei 196, de 12 de Novembro de 2012) é obrigação dos proprietários manter a vacinação dos animais em dia. A vacina antirrábica não é mais fornecida pelo Ministério da Saúde e deve ser ministrada em clínicas veterinária particulares. O último caso de raiva canina registrada em Foz foi em 2005. 

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