Uma caminhada em alusão ao Dia 18 de Maio chamou a atenção dos comerciantes e da população da região central da cidade na manhã desta sexta-feira, 17.
Promovida pelo Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento a Violência Contra Criança e Adolescente, Secretaria de Assistência Social e Rede Proteger, a ação mobilizou centenas de pessoas, entre membros da rede de proteção, secretarias municipais, conselhos de direito, além de crianças e adolescentes assistidas por entidades sociais.
Com cartazes e faixas com mensagem de combate à violência e contendo informações quanto aos canais de denúncia, como o Disque 100, eles percorreram um trajeto que teve início no 34º Batalhão de Infantaria Mecanizado, passando pela Av Brasil até a Praça da Paz, na Av. Jk. No espaço, eles finalizaram a ação com uma série de atividades esportivas e artísticas, com roda de capoeira e circo.
Dar visibilidade ao tema foi um dos objetivos da caminhada do Dia 18. “A caminhada é uma ação muito importante porque ela chama a atenção da população sobre essa grave questão que é a violência contra a criança e adolescente. Dar visibilidade e manter o assunto sempre em pauta é fundamental para combatermos as violações contra os menores”, apontou a Secretaria de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, Rosa Maria Jeronymo de Lima.
Campanha
A caminhada é uma das 31 atividades da Semana Municipal de Combate à Violência contra Crianças e Adolescentes, que teve início nesta segunda-feira, 13 e segue até domingo, 19, com panfletagem na Feirinha da JK. A mobilização já envolveu cerca de 3 mil pessoas em várias ações, como blitz educativa, palestras, cine-debate e apresentações artísticas e esportivas.
“A Semana está sendo muito positiva. Começou com uma audiência pública na segunda-feira e até domingo completaremos 31 ações realizadas em vários espaços públicos”, informou o secretario de assistência social, Elias Oliveira.
Ele também apontou a importância da ação para o combate à desinformação e ao preconceito, considerados os grandes desafios para o enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. “Temos um grande desafio que é ampliar a informação para a sociedade e capacitar os trabalhadores e trabalhadoras, porque grande parte do problema do combate ao abuso contra crianças e adolescentes está na informação. É preciso que as pessoas entendam que precisamos falar sobre isso em todos os lugares, e a criança também precisa saber disso, com todo cuidado e dimensão pedagógica porque a vítima só vai denunciar quando se sentir segura” esclareceu Oliveira.
A divulgação quanto à violência e a conscientização da sociedade são fundamentais para enfrentar a situação. Dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde apontam que mais de 50% das violências física, sexual e psicológica acontecem dentro de casa ou por agressores com vínculo com as crianças e adolescentes.
Avanços
Um dos avanços da política de proteção aos menores foi a criação inédita de uma cartilha com o Plano Municipal de Enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. A cartilha é composta por seis eixos: prevenção; atenção; defesa e responsabilização; comunicação e mobilização social; participação e protagonismo e estudos e pesquisas.