A seleção brasileira de Tite não tem rivais à altura na América do Sul. Pelo menos é o que se viu após mais uma vitória, a oitava consecutiva nas eliminatórias Rússia 2018. A vítima da vez foi o Uruguai, a segunda colocada na tabela. Saindo pela primeira vez com desvantagem no placar, o Brasil teve a serenidade e capacidade suficiente para virar e golear o time de Oscar Tabarez. Não porque o Uruguai jogou mal, e sim porque o Brasil foi implacável. A classificação já está assegurada. O que está em questão é como manter esse nível até o início da Copa do Mundo. Entre jogos oficiais e amistosos talvez sejam mais 10 a 12 jogos. O mais importante, com certeza, o amistoso contra a Alemanha, para o ano que vem, que será jogado na casa dos alemães. Tite sabe que essa partida será muito importante. Não para devolver o vexame dos 7 a 1. Até porque para isso acontecer de igual maneira, teria que ser numa Copa do Mundo, sediado pelos bávaros. Mas para ter um parâmetro verdadeiro, em que nível a seleção estará para tentar ganhar o seu sexto título mundial. A verdade é que Tite já pode ser considerado um dos grandes treinadores da história. E atualmente o melhor do Brasil. Ele deu ao Brasil, o padrão de um time contundente, incisivo, inteligente, intenso. Somado a isso tudo o talento natural, inerente ao jogador brasileiro, a equipe está se tornando avassaladora. Agora é manter esse nível. Talvez aproveitar a tranqüilidade na tabela e testar alguns jogadores para posições pontuais. Nas laterais por exemplo, Tite tem convocado, Daniel Alves e Fagner para a direita; Marcelo e Felipe Luis, na esquerda. Teria que testar um terceiro em cada lado do campo. Assim se alguém se machuca, a seleção já teria um nome que já faz parte do grupo e entenda a filosofia do treinador. Agora é manter o nível ou até chegar mais alto, buscar à perfeição, que sabemos, no futebol, é sempre passageira. O que se pretende é que ela dure pelo menos até a final da Copa da Rússia.
Ney Morales é jornalista formado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nacional del Este, em 1999. Ainda na faculdade começou a trabalhar como repórter esportivo na Rádio Itapiru AM, Paraguai. Um ano depois passou a trabalhar na Rádio Foz AM, em Foz do Iguaçu. Foi setorista do Foz/Futsal. Trabalhou também no Semanário Só Esportes como redator. Desta última experiência lançou várias publicações como jornais e revistas, com destaque para o Avance Foz, que reunia várias entidades e classes. De 2004 até 2012 foi editor da Revista Migrante.
O texto é de inteiramente responsabilidade do colunista e não reflete necessariamente o posicionamento e linha editorial do Portal Clickfoz.