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As minhas tardes de domingo perderam a graça…

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É eu sei que estou bem atrasada, mas, não tenho culpa se a minha coluna sai só na quinta-feira! Vamos lá, hoje vou dissertar sobre a morte do querido narrador esportivo Luciano do Valle, que, como todos sabem, nos deixou no último sábado, 19.

Aqui em Foz do Iguaçu, eu sei que muitas pessoas não gostavam dele por causa de alguns rolos na equipe feminina de futebol. Diziam que o cara veio aqui, deu um apoio moral para o time e sumiu. Bom, se isso é verdade ou não, no momento não vem ao caso.

Arquivo Pessoal
Eu e Luciano do Valle, em visita a Foz TV, quando ainda estagiava por lá!

Eu só gostaria de deixar aqui documentado, a minha profunda admiração e respeito por toda a carreira brilhante que este jornalista teve. Afinal, foram 50 anos de carreira e isso não é pra qualquer um!

Daquela voz, já ouvi narrações estonteantes e emocionantes que ficarão guardadas em minha memória para sempre. E são tantas… Não somente no futebol como de costume, mas, no vôlei e basquete, por exemplo.

Eu, como corintiana que sou, nunca me esquecerei da narração do Luciano do Valle, no primeiro gol do Ronaldo Fenômeno em cima do Palmeiras. O gol do Guerrero na final do Mundial também será outro momento que ficará guardado para sempre (só de lembrar, meus olhos brilham)!

É, você se foi. E agora, quem narrará a minha Copa? Você era o único que me transmitia àquela emoção, como se eu estivesse ali, dentro de campo, sentindo a vibração da torcida, o nervosismo dos atletas e todo aquele universo que só uma partida de futebol pode nos proporcionar.

O que me conforta é que ao menos eu tive a sorte de conhecê-lo. Simpático, distribuiu sorrisos e conselhos e até autografou uma bandeira do Timão para três corintianas, né Gi Cirne e Drika Tannouri? Hehehehehe!

Foto: Arquivo Pessoal
No cantinnho da esquerda, ele autografando a bandeira do Corinthians; Na foto da direita, toda a equipe da Foz TV e na de cima, Gi Cirne, seu pai e nosso saudoso Luciano do Valle

Naquela tarde, nós dissemos que um dia, trabalharíamos com você. Infelizmente, não deu tempo. Mas, espero sinceramente que toda a sua bagagem profissional continue a nos inspirar. Afinal, ainda temos um longo caminho a percorrer, independente do caminho que decidirmos trilhar. 

Obrigada por tudo
. Só posso lhe dizer que as minhas tardes de domingo perderam a graça. Sinto a sua falta, descanse em paz!

 
 

 

 

 

 

    Lauane de Melo é repórter do Clickfoz e editora
    de imagens da Rede Massa. Para interagir com a 
    jornalista, siga ela no Twitter e no Facebook.

 

 
 
 
 
 
 
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