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Armadilhas instaladas em Foz servirão de indicadores para o CCZ

Os 160 funcionários do Centro de Controle de Zoonoses – CCZ, entre agentes de endemias, educadores e outros técnicos, terminam esta semana a instalação de armadilhas na cidade para capturar mosquitos. Pouco mais de 3.600 estão sendo instaladas, uma em cada quarteirão, para ficar por pelo menos um ano recebendo monitoramento nas áreas em que estiverem. Este projeto já havia sido implementado pelo CCZ no ano passado, quando aumentaram os casos de dengue e os índices de proliferação do mosquito Aedes aegypti em Foz do Iguaçu. Agora, com o incentivo da Prefeitura, foram adquiridos mais materiais para investir na captura do mosquito em todas as regiões.

As armadilhas irão servir de leitura para que os técnicos do CCZ possam analisar as espécies capturadas e se os mosquitos apresentam algum vírus capaz de transmitir doenças. Quando identificada a presença do vírus, as amostras serão encaminhadas ao laboratório da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, para uma análise mais aprofundada, com a realização do estudo da biologia molecular dos mosquitos. As pesquisas irão revelar a quantidade de mosquito que cada armadilha capturou, num período de dois meses aproximadamente, prazo para a manutenção de cada armadilha, a espécie e a presença de vírus.

Com base nesta pesquisa, o CCZ terá indicadores capazes de auxiliar na organização do processo de trabalho, para que as ações de combate ao mosquito que transmite as doenças como a dengue, a febre Chikungunya e o Zika vírus sejam intensificadas em áreas que apontem maior infestação pelas armadilhas e onde a pesquisa aponte maior presença de mosquito com vírus.

O uso das armadilhas, segundo o agente educador do CCZ, Thiago Cavalcanti, têm se mostrado eficaz para identificar o tipo de mosquito e os índices de proliferação por regiões da cidade. “Com o resultado de cada análise podemos antecipar os serviços de controle e combate do mosquito transmissor de doenças, sabendo as áreas específicas que precisam de medidas mais urgentes. Assim, estaremos minimizando o risco de doenças”, enfatizou Thiago.

O objetivo das armadilhas é capturar fêmeas, alimentadas e grávidas, que ao serem atraídas pela água limpa para fazer a postura dos ovos, ficarão retidas dentro do recipiente montado. Tanto os agentes de endemias e agentes educadores farão a manutenção das armadilhas como os próprios moradores, que ao perceberem a presença de muitos mosquitos capturados, poderão avisar o CCZ para que a equipe especializada possa se deslocar até o endereço e retirar a armadilha.

Além disso, a rotina dos agentes de endemias e agentes comunitários de saúde de visitar as residências e vistoriar quintais, plantas e materiais que possam conter água ainda continua. Os agentes são divididos por regiões para atender todo município com o trabalho de inspeção. Se o agente identificar a presença de criadouros o morador é notificado. Em casos de reincidência, a secretaria da Fazenda aplica multa que pode passar de R$ 1 mil, dependendo do caso.

O alerta do CCZ é para que os moradores permaneçam com os cuidados mesmo neste período de frio. “Apesar de não se falar muito no Aedes aegypti durante o inverno, é importante que a população fique atenta e evite deixar água parada em pneus, em vasos de plantas e qualquer material que possa acumular água. Também importante verificar os terrenos baldios. Se algum morador perceber ou souber de locais que tenham focos de mosquito, pode fazer a denuncia ao CCZ pelo telefone 3524-8848”.