Dotado de ótimos competidores, o Estado do Paraná se tornou uma potência no poker brasileiro. Além da conquista recente no CBPE (Campeonato Brasileiro por Equipes), evento ao vivo que reúne os principais Estados do Brasil anualmente em uma mesma disputa, o Paraná também é muito bem representado na modalidade online.
Apesar de se tratar do mesmo esporte, a modalidade online tem algumas diferenças para o poker ao vivo. Em eventos presenciais, o competidor fica frente a frente com seus oponentes, portanto, é possível tomar decisões com base nos movimentos e expressões que os rivais fazem.
Já no online, além de não ter contato visual com o oponente, muitos competidores têm várias telas abertas no computador e é comum vê-los disputando mais de um evento ao mesmo tempo. Independentemente da modalidade, os paranaenses Alisson Piekazewicz e Thiago Crema dão show de talento e capacidade quando o assunto é o poker.
Alisson Piekazewicz: craque da modalidade online
Com títulos online no Super Tuesday, Sunday Grand e no prestigiado Sunday Warm-Up, que é considerado um dos maiores eventos dessa modalidade, o curitibano Piekazewicz é sem dúvidas um grande destaque do poker brasileiro e mundial.
Em 2016, ele também venceu uma etapa do PokerStars Caribbean Adventure (PCA). O PCA é realizado no Caribe e é o evento que todo competidor de poker sonha em participar um dia. Isso porque, além de oferecer ótima premiação, ele conta com os melhores do mundo.
No ano seguinte, período em que viveu a melhor fase da carreira, o paranaense foi bicampeão do Sunday Warm-Up. Além disso, ele conquistou o título do Super High Roller do BSOP Millions, um dos eventos mais difíceis do Brasil. Em 2017, Piekazewicz chegou a estar entre os 55 melhores do mundo na modalidade online, segundo ranking da PocketFives.
“Quando você ganha torneios um atrás do outro, um negócio que se chama confiança fica ainda maior. Você tem a certeza que tudo que você faz está certo”, conta o curitibano.
Além de ótimo competidor, Piekazewicz também é coach de poker. “(o coaching) É basicamente online. O jogador manda o histórico de um torneio jogado por ele e eu analiso mão a mão, comentando os erros e o que faria de diferente”, explica ele.
“O coaching para o competidor profissional é essencial. Coisas que demorariam muito tempo para aprender sozinho, ele recebe mastigado”, completa o curitibano.
Thiago Crema: referência no poker brasileiro
Um dos competidores mais completos da América Latina, Crema carrega grandes conquistas na bagagem e é muito competente nas modalidades ao vivo e online.
Com títulos em eventos do World Championship Of Online Poker (WCOOP), World Series of Poker (WSOP) e BSOP (Brazilian Series of Poker), o ponta-grossense é muito respeitado no circuito desse esporte.
Em abril deste ano, ele venceu o Top do Brasil e mostrou porque é um dos melhores do país. Esse evento ocorreu no BSOP Brasília e reuniu os 32 melhores ranqueados do Brasil.
“Era bem difícil, vários dos melhores jogadores do país estavam aqui, então é uma sensação muito boa cravar esse torneio. É uma sensação boa, porque muitas vezes a gente acaba se enfrentando nas mesas, mas essa foi uma iniciativa muito legal do BSOP e do PokerStars, e me dá uma satisfação enorme por terminar na frente de jogadores muito bons”, disse Crema após conquistar o Top do Brasil.
Além do título, uma das maiores motivações do ponta-grossense no Top do Brasil era levar para a casa o Platinum Pass, prêmio que deu passe livre ao ganhador para disputar o PokerStars Players No Limit Hold’em Championship no PCA 2019 — um dos eventos mais cobiçados a nível mundial.
Com inúmeras conquistas relevantes e importante status nesse esporte que não para de ganhar adeptos no Paraná e no Brasil, tanto Piekazewicz quanto Crema ainda são jovens e certamente ambos ainda têm muito futuro no poker. Além do mais, são estudiosos, profissionais e têm o talento de poucos.