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A saga atrás do Atlético Mineiro em Foz do Iguaçu

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Bom, depois de uma semana intensa correndo atrás do Atlético Mineiro aqui em Foz do Iguaçu, adivinhem sobre o que falaremos em nossa coluna de hoje, uai?

Se você cogitou a possibilidade de ser sobre a estadia do Galo aqui na fronteira… B-I-N-G-O, você acertou!

É, pode até ser que você não aguente mais ouvir falar neste assunto. Mas, este é o espaço que eu tenho para dizer aquilo que você gostaria de saber, mas, que eu não pude revelar antes. 

Então, prepara-se, pois chegou a hora de você descobrir tudo o que nós acompanhamos pelos bastidores destes três dias no encalço da equipe mineira aqui pela cidade.

O clube Atlético Mineiro aterrissou em Foz do Iguaçu na madrugada de segunda para terça-feira. No saguão, nós éramos a única equipe local a cobrir a chegada deles à fronteira. Foi uma experiência bem legal. 

Chamei o para conversar e mesmo estando sozinha, sem outros colegas de imprensa ao meu redor, ele, prontamente veio ao meu encontro para batermos um papo. Depois de perguntar temas pertinentes à reportagem, eu, corinthiana que sou, não poderia deixar de fazer um pedido a ele. “Jô, volta para o Corinthians”. Ele, bem educado é claro, apenas caiu na risada. 

Foto: Garon Piceli
Bom, nada melhor que esta foto tiete para representar os bastidores da nossa saga!

Ronaldinho Gaúcho, como era de se esperar, passou como um foguete com os seus seguranças e nem para “Toda Poderosa” falou se quer uma palavra. 

Logo depois, fomos atrás de Diego Tardelli. Simpaticíssimo, este também atendeu a imprensa e os poucos torcedores que aguardavam ansiosos para conhecê-los. Um deles, Raphael Coelho, não segurou a emoção e desabafou a chorar. Antes da delegação desembarcar em Foz, por pouco não confundimos o atacante mineiro com um sósia que os aguardava no aeroporto. Chegamos a apresentar os dois, Tardelli, caiu na gargalhada.

Assim que saímos de lá, eu e Garon Piceli demos uma corrida (que, diga-se de passagem, até Usain Bolt ficaria com inveja) até o carro, para acompanhar a delegação até o hotel.

Pensamos: “Nossa é agora que conseguiremos aquela exclusiva com o Ronaldinho”. E pasmem, o atleta foi o primeiro a desembarcar. Sabe quando você vê algo reluzente em sua frente que até toca aquela musiquinha do céu (tipo filme)? 

Então, foi isso que passou em minha cabeça naquela hora. Mas, mesmo insistindo em falar com ele, Ronaldinho utilizou a “técnica do celular” e nos deixou falando com as paredes, para a nossa tristeza.

Eu, ainda, não sei porque cargas d’agua, cometi uma gafe do tamanho de um dinossauro. Sério, depois fiquei morrendo de vergonha. Pedi para conversar com o Josué em frente ao hotel. Mas, quando o abordei, acabei chamando-o de Cícero. Tudo bem que os dois já jogaram no São Paulo, mas, meu Deus. Ele, todo educado, respondeu todas as minhas perguntas e nem me corrigiu. #desculpaJosue.

Na terça-feira, 11, a equipe foi ao Estádio 03 de Febrero para fazer o reconhecimento de campo. Novamente, Ronaldo entrou mudo e saiu quase calado. Mesmo assim, lá no local, alguns personagens roubaram a cena. Teve cruzeirense indo comprar ingresso pra assistir a partida e também atleticano “made in Paraguai”. É que enquanto torcedores gravavam uma matéria para uma reportagem televisiva, um garotinho paraguaio, todo sujo e descalço, entrou no meio da bagunça e começou a “cantar o hino” mineiro.

Vocês acham que vida de jornalista é fácil. Chegamos ao Estádio antes das 19 horas, horário que foi marcado para iniciar o treino. Mas, durante os 30 primeiros minutos, Autuori comandou as atividades a portões fechados. Aí, ficamos lá fora aguardando até sermos autorizados a entrar. 

Enquanto o tempo passava, fomos conhecendo os outros colegas jornalistas presentes ali. Havia jornalistas paraguaios, mineiros, iguaçuenses, foi uma mistura bem bacana. Aliás, foi bem legal conhecer “ocêis sô”! Lá dentro nada de muito diferente do padrão. Fotos, rachão, entrevistas e talz. 

Ontem, 12, eu e Letícia Lichacovski sofremos algumas aventuras. Chegamos ao Estádio, dentro de um dos ônibus da torcida. Por isso, precisamos ficar esperando um tempo para conseguir descer. Quando avistamos nossos colegas jornalistas, pedimos e fomos autorizados pela polícia a sair do ônibus. 

Mas, apesar de estarmos devidamente credenciadas, fomos duramente revistadas. A Leca carregava equipamentos dentro de um “case” que a policial fiscalizou cada centímetro. Além disso, ela ainda nos apalpou de cima embaixo.  

Eu até achei que era procedimento padrão, mas, descobrimos através de nossos colegas, que eles não tiveram o mesmo tratamento, o que me deixou extramente indignada.

Dentro do Estádio, demos várias voltas até, enfim, acharmos o caminho correto. Assim que a bola começou a rolar, pensamos um bilhão de vezes porque não tínhamos levado um agasalho. Sério, a temperatura caiu muito ontem à noite, quase morremos de frio. Além disso, presenciamos uma briga do outro lado do Estádio (acreditamos que era um atleticano infiltrado na torcida do Nacional). Mas, dentro de campo, tudo aconteceu dentro dos “conformes”, tirando aquele pênalti no fim da partida.

A nota triste é que fomos informados que um dos ônibus de torcedores foi apedrejado no fim do jogo. Além disso, alguns atleticanos foram presos portando maconha em território paraguaio. Oi, querer enganar os pais da “Marijuana” lá? #ocêistaomaluco!

Nesta quinta-feira, quando achamos que nada mais poderia acontecer, a Leca foi fiscalizar o equipamento e descobriu que o card de memória da câmera não estava lá. #socoERROR. Sorte que as câmeras dos celulares de hoje, quebram um galho. 

A última: Falamos com alguns atletas, mas, claro, ainda tínhamos a esperança de arrancarmos uma frase pelo menos da grande estrela da equipe. Desceram todos os jogadores e comissão, mas, cadê Ronaldinho Gaúcho? Esperamos, esperamos e nada.

Depois, descobrimos com a assessoria, que o atleta embarcou para Belo Horizonte, hoje pela manhã, antes do elenco. #fail

Mesmo com tanto trabalho e algumas decepções, estes dias foram incrivelmente especiais. Nunca tinha tido tanto contato com o clube Atlético Mineiro, a experiência irá agregar e muito na minha bagagem profissional. A maioria do grupo pelo menos foi bem receptivo e nos tratou com o devido respeito. Por isso, o Galo, também ganhou o meu. 

 
 

 

 

 

 

    Lauane de Melo é repórter do Clickfoz e editora
    de imagens da Rede Massa. Para interagir com a 
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