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É proibido estacionar. Mas quem fiscaliza?

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Depois de uma estafante noite de ensaios em nosso teatro, há alguns dias, resolvemos ir jantar, comer uma pizza. Na saída, no entanto, aguardávamos por nossa carona, quando uma bizarra cena urbana aconteceu: um carro, guiado por um motorista imprudente, entrou na contramão e estacionou em um local proibido – com faixa amarela e tudo – e, calmamente, desceu para pedir uma pizza. E por lá ficou por um bom tempo. Tranquilo. Sem se preocupar em levar uma multa. Mostrando para todos como a impunidade é a regra em nossa sociedade.

Entendo que há duas formas de se viver em sociedade: com consciência ou sendo fiscalizado. Quando falta a consciência, a sociedade e o Estado têm o dever de “alertar” o cidadão infrator de diversas formas, seja advertindo, multando ou punindo de alguma outra forma, proporcional à infração. Mas, em Foz do Iguaçu, punição às aberrações no trânsito constitui a exceção. Hoje vou me ater aos motoristas que julgam ser a rua uma extensão de seus quintais.

Na foto abaixo, tirada na sexta-feira em uma pizzaria do Centro de Foz, o motorista bateu o recorde de infrações: ele está na contramão, na esquina, sobre a faixa amarela e fechando a rampa de cadeirantes. Só faltava ele ter colocado uma roda sobre a calçada. Observe que o carro está parado contra o fluxo normal da rua.


 

Nesta outra foto, tirada na Rua Santos Dumont, o motorista coloca seu carro sobre a calçada, dentro da faixa desta, em paralelo à rua, fora da área do terreno. Atrapalha a passagem de pedestres e por pouco não prejudica a faixa tátil.
 


 

No terceiro exemplo, o carro para na faixa da esquina, praticamente ignorando a placa de proibição. Trata-se, ainda, de um cruzamento “campeão” de acidentes e esse veículo prejudica a visibilidade dos outros motoristas, o que pode causar sérios problemas e, inclusive, machucar pessoas.
 


 

Essas fotos ilustram algo muito grave: a posse da cidade. Algumas pessoas não conseguem perceber a urbanidade como um bem público. Já mostramos aqui, em nossos artigos, casos de pessoas que agem de uma forma anti-cidadã. E isso se repete, diariamente, em frente aos nossos olhos.

É preciso uma ação conjunta entre os cidadãos e os órgãos de fiscalização para coibir essas práticas. Não há muito o que dizer ou julgar. As imagens falam por si e a cidade – toda – perde muito com essas atitudes.

Boa semana a todos!

 


 

* Luiz Henrique Dias é dramaturgo e encenador da Cia Experiencial O Teatro do Excluído. Desde que inventaram o telefone celular com câmera, ele passa o dia fotografando motoristas caras-de-pau e “cidadãos” desatentos. Mas o feitiço virou contra o Luiz. Semana passada ele passeava com seu cachorro quando, de repente, o animal – cachorro – fez xixi em um parquímetro. Nós fotografamos a cena e vamos usar isso contra ele – Luiz – em breve. Pra que nosso colunista aprenda a não enrolar o rabo e ficar falando do rabo alheio. Leia mais em www.luizhenriquedias.com.br e siga ele no Twitter: @LuizHDias.

  

  A opinião emitida nesta coluna não representa necessariamente o posicionamento deste veículo de comunicação 

 

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