A primeira turma de crianças obesas que fizeram um tratamento de aproximadamente seis meses no Centro de Nutrição estão chegando ao fim do desafio de perder peso com saúde, além de mudar os hábitos alimentares delas e de suas famílias.
| Foto: Garon Piceli | Clickfoz |
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| Atualmente o centro está trabalhando com cinco crianças obesas, na ocasião em que a reportagem esteve lá, apenas três estavam participando |
Esse projeto foi a primeira tentativa do Centro de Nutrição de trabalhar com os demais distúrbios da alimentação, além da desnutrição – especialidade da entidade – e pelo jeito tem dado certo. A segunda turma já vai começar a ser selecionada em breve, assim que a primeira turma estiver liberada.
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| A fisioterapeuta Maurícia Cristina explicou sobre as barreiras físicas que as crianças começaram a derrubar durante o tratamento |
Durante aproximadamente seis meses, o CN trabalhou com cinco crianças de 5 a 12 anos. Todas elas bem acima do peso permitido para o tamanho e a idade. Elas encaminhadas para o centro através dos postos de saúde, passaram por uma triagem e uma avaliação médica, para então começar o tratamento.
Durante todo o período elas aprenderam a vencer desafios, de acordo com a fisioterapeuta Maurícia Cristina, muitas coisas que as crianças achavam ser impossível realizar devido ao peso, hoje elas conseguem tranquilamente. “É um trabalho constante de mostrar que eles podem, muitas vezes eles se isolam das outras crianças na escola por não conseguir realizar certas atividades, mas agora eles estão vendo que é possível”.
No decorrer do tratamento as crianças mudaram os hábitos alimentares e os da família. “Elas aprenderam que comer salada é importante, aqui no centro elas até cultivam uma horta, ajudam a cozinheira a fazer as receitas saudáveis e depois em casa ajudam a mãe também, além de cobrar dos pais uma alimentação mais saudável”, afirmou Cristina.
Como o desafio do tratamento é fazer com que as crianças tenham hábitos mais saudáveis, elas levam muitas “tarefas de casa”. Precisam praticar atividades físicas e para isso, precisam da ajuda da família. “Às vezes eles até cobram os pais ‘quem vai caminhar comigo hoje’, porque afinal são crianças e não podem fazer caminhada sozinhas. Esse tratamento esta mudando a rotina de toda a família”, disse.
| Foto: Garon Piceli | Clickfoz |
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| A psicóloga Cristiane Nuzeli Ramos da Silva trabalha de forma bastante lúdica para as crianças expressarem seus sentimentos em relação às situações cotidianas |
A psicóloga Cristiane Nuzeli Ramos da Silva, explicou que no início as crianças também tem algumas barreiras, muitas vezes por se sentirem diferentes das outras na escola. Para detectar as dificuldades a psicóloga faz um acompanhamento especial com cada um deles onde as conversas e brincadeiras são fundamentais para o tratamento.
“Muitas vezes eles chegam tristes, às vezes vem contar pra gente o que aconteceu na escola, eles tem também uma listinha onde eles anotam todas as emoções que sentiram durante a semana, isso nos ajuda a identificar os problemas”, explicou a psicóloga.
Ao final de seis meses, essa turminha termina o tratamento, mas continuarão com as “tarefas de casa” que acabaram por se tornar rotina. E uma nova turma de crianças vai começar o tratamento, essas também serão encaminhadas através das unidades de saúde que detectarem o problema da obesidade infantil.
