Entra governo, sai governo e, em Foz, o FozTrans continua sendo, de longe, o órgão que mais deixa a desejar.
Já falamos aqui do Transporte Público horrível que atende nosso povo, das placas de sinalização que são destruídas e não passam por manutenção, do descaso com o atendimento aos cidadãos que ligam para o órgão e não recebem o devido atendimento e, dia desses, da farra dos funcionários nos postos de atendimento.
E, hoje, quero trazer outra questão: a sinalização horizontal.
Ela é importante por dois fatores: visual e segurança.
Visual, porque somos uma cidade turística e, mesmo que não fossemos, é bom para os olhos e para a alma uma cidade limpa e bem sinalizada.
Na foto abaixo, vemos a situação das faixas de pedestres em um dos cruzamentos mais movimentados (por veículos e pessoas) da região central.
Segurança porque, para nós pedestres, todos somos, a sinalização de rua é a única arma para nos defendermos dos carros, motos, caminhões e ônibus que trafegam pelas ruas. A comunicação horizontal, a demarcação de zonas de passagem e as linhas de parada são fundamentais para nosso bem-estar físico.
E indo mais além, penso nos portadores de necessidades especiais, como eles, mais expostos à riscos, podem trafegar em uma cidade sem faixas adequadas. Veja, por exemplo, na foto abaixo, essa rampa de cadeirante na
Avenida Paraná: não tem faixa, está danificada e, além disso, o mato tomou conta.
Devemos rever nossos modelos de manutenção dos espaços públicos e dar a isso a devida prioridade.
Uma cidade só é boa se é boa para todos. Pedestres. Motoristas. Turistas. Todos.
* Luiz Henrique Dias atua em políticas públicas de cultura e cidadania. Está passando uns tempos fora de Foz do Iguaçu, estudando, mas visita a cidade a cada duas semanas e continua fotografando os problemas para abrir debates sobre a cidade que temos e a cidade que queremos. Siga ele no Twitter: @LuizHDias