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Vale a pena assinar ou é melhor compartilhar? Um comparativo sobre economizar em serviços digitais

As plataformas de streaming de conteúdo audiovisual surgiram como uma alternativa mais barata e mais conveniente aos canais da televisão à cabo, mas elas rapidamente trouxeram problemas únicos.

Em um artigo publicado em setembro de 2024, a plataforma ExpressVPN informou que 40% das pessoas que assinam serviços online se sentem sobrecarregadas com o número de assinaturas que possuem. Quando analisamos a fragmentação desses serviços online, essa frustração fica bem clara. 

Uma das soluções mais simples é cancelar todos os serviços, mas para muitos isso resulta na total falta de entretenimento audiovisual. Isso nos leva à segunda alternativa: ao invés de cancelar, por que não compartilhar? Há vantagens nessa escolha, as quais vamos explorar em tópicos durante esse texto!

Por outro lado, existem aspectos negativos que merecem atenção e que não solucionam algumas das razões para o desânimo apontadas no texto da ExpressVPN, como a ausência de tempo para assistir tudo o que se assina. Levando isso em conta, vale a pena mencionar também os “contras” dessa ideia.

Prós e contras de compartilhar assinaturas de serviços 

Antes de dividir uma assinatura, é importante avaliar os benefícios e as possíveis desvantagens dessa prática. Se, por um lado, o compartilhamento pode gerar economia e fortalecer laços, por outro, ele também levanta questões como segurança, limites de uso e até implicações legais.

A seguir, confira uma lista com os principais prós e contras de compartilhar assinaturas de serviços para ajudá-lo a tomar uma decisão mais informada e consciente.

Pró: Economia de dinheiro

O primeiro grande “pró” é o mais óbvio de todos: a economia financeira! Os valores de assinaturas familiares em plataformas de streaming costumam ser mais baratos quando divididos entre todos os indivíduos que a compartilham. Muitos, inclusive, utilizam esses serviços de pais ou amigos de graça.

Contra: Valores baixos também se acumulam!

Caso você divida os valores das assinaturas que compartilha, esse é um gasto que precisa ser levado em conta. O total vai ser menor, é claro, mas de pouquinho em pouquinho o limite do cartão estoura! Mesmo barato, se você não utiliza o serviço o mais interessante é simplesmente deixar de assiná-lo.

Pró: Chance de ver alguns títulos pontuais

Vamos supor que você esteja interessado em assistir apenas um filme que está disponível em um streaming. Ao assinar sozinho, terá de pagar ao menos o valor de um mês; o que é eliminado se conhecer alguém que já assina e pode compartilhar a conta familiar contigo. Esse é o segundo ponto positivo.

Contra: Impossibilidade de cancelar quando quiser

Se você assina um serviço online sozinho, tem a chance de cancelar a qualquer hora. Se, por outro lado, você o compartilha com outras pessoas, acaba ficando “amarrado”. Antes de desistir, é preciso conversar com aqueles que dividem a assinatura e checar se eles desejam mantê-la por conta própria.

Pró: Fortalecimento das relações 

Não é muito difícil encontrar grupos na internet onde as pessoas compartilham assinaturas familiares por um preço reduzido, mas na maioria das vezes nós fazemos isso apenas com aqueles em quem confiamos. Dessa maneira, a divisão se torna um ato de fortalecimento nas nossas relações pessoais.

Contra: Dependência de cancelamentos alheios

Alguns itens atrás nós mencionamos o “contra” de não poder cancelar o serviço quando quisermos dividi-lo com outras pessoas, mas e se o responsável pela conta fizer isso? Caso você esteja no meio de uma maratona, por exemplo, não conseguirá finalizá-la. Esse é outro ponto negativo com a divisão.

Pró: Possibilidade de assinar menos serviços

Uma das razões citadas pela pesquisa para a frustração com as assinaturas online é o seu número abundante. Quando dividimos assinaturas, esse problema acaba sendo mitigado, já que temos a chance de cancelar algumas delas. Se preferir, é capaz de assinar outras sem prejudicar o orçamento.

Contra: Restrições impostas pelas plataformas

Em tempos recentes, as plataformas de streaming vêm colocando restrições no compartilhamento de contas, boa parte delas a partir de travas geográficas. Isso se torna um problema para aqueles que querem dividir uma conta familiar, mas moram fisicamente distantes, o que deve ser considerado.

Não importa quais sejam as suas razões, é indispensável estar consciente de tudo o que assinamos e como podemos organizar e ponderar esses gastos muitas vezes desnecessários. Seja dividindo a conta com familiares e amigos ou simplesmente cancelando, você obtém um maior controle dos seus gastos.

A evolução das assinaturas sob demanda

O modelo de assinatura mensal, que antes parecia a solução perfeita para o consumo de conteúdo, hoje enfrenta desafios. A fragmentação do mercado — onde cada plataforma detém seus próprios títulos e exclusividades — força os usuários a se dividirem entre vários serviços para acessar seus conteúdos preferidos. Isso não apenas aumenta os custos, mas também causa a sensação de “fadiga por assinatura”.

Com isso, algumas alternativas têm surgido, como os serviços sob demanda por tempo limitado. Nesse modelo, o consumidor pode pagar apenas para acessar um conteúdo específico ou assinar por períodos curtos, como uma semana. Esse formato, se mais adotado, poderia reduzir a necessidade de compartilhar contas ou manter múltiplas assinaturas ativas.

Os dilemas éticos e legais do compartilhamento

Embora compartilhar assinaturas seja uma prática comum, nem sempre ela é vista como uma atividade ética ou legal. Muitos termos de serviço explicitamente proíbem o uso de contas por pessoas fora do mesmo domicílio, e algumas empresas têm implementado verificações mais rigorosas para evitar o uso indevido.

Além disso, há a questão do impacto financeiro no setor. Estimativas indicam que as plataformas de streaming perdem bilhões de dólares anualmente devido ao compartilhamento de contas, o que pode influenciar no aumento dos preços e na redução de investimentos em novos conteúdos. 

Para os consumidores, isso levanta a reflexão: compartilhar realmente vale a pena se, a longo prazo, prejudica a qualidade e a acessibilidade do serviço?