Em uma operação contra o contrabando de produtos alimentícios argentinos, a Polícia Federal, em cooperação com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e a Receita Federal (RFB) efetuou a apreensão de cerca de 24 toneladas de farinha de trigo ilegal na região do bairro do Porto Meira, região sul de Foz do Iguaçu, que faz fronteira com Porto Iguaçu, na Argentina.
A ação, ocorrida na noite da última quarta-feira (6), foi desencadeada após agentes da PF identificarem uma série de veículos carregando mercadorias suspeitas circulando na fronteira. Após investigação, a polícia conseguiu localizar um depósito clandestino abarrotado de sacos de farinha de trigo, contrabandeados da Argentina.
Além das 24 toneladas de farinha, dois veículos utilizados no transporte desses produtos foram apreendidos. O estado insalubre do local onde as mercadorias eram armazenadas agravou ainda mais a situação.
Foram encontrados vestígios de animais domésticos, como urina e fezes, próximos à carga. As condições sanitárias são inaceitáveis e levantam sérias preocupações quanto à segurança alimentar, informou a PF.
Um aspecto alarmante desse caso é a falta do certificado fitossanitário, emitido pelas autoridades do país de origem da farinha de trigo. Essa omissão não apenas viola os regulamentos comerciais e aduaneiros, mas também representa um risco considerável para a saúde pública, dada a falta de controle e garantia de qualidade do produto.
Uma pessoa que se identificou como responsável pelo depósito irregular foi detida no local e posteriormente encaminhada para a Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, onde deverá responder por acusações relacionadas ao contrabando e violação de normas de segurança alimentar.
Toda a mercadoria apreendida, junto com os dois veículos utilizados no transporte, foi encaminhada à Receita Federal, marcando um avanço significativo na luta contra o contrabando de alimentos na região.
Este incidente enfatiza a importância da cooperação e vigilância eficaz das fronteiras para proteger a segurança alimentar e combater o comércio ilegal de produtos, que não apenas ameaça a economia, mas também a saúde pública no Brasil. Segundo nota da PF, as autoridades continuarão a trabalhar incansavelmente para prevenir atividades ilegais semelhantes no futuro e assegurar a integridade dos produtos disponíveis para os consumidores.
