A Reitoria da UNILA publicou, nesta terça (11), a portaria que apresenta as normas para ampliação das atividades presenciais na instituição. Entre elas está a exigência da comprovação de vacinação contra a Covid-19. O atendimento presencial nos setores administrativos da Universidade está sendo retomado, de forma gradual, desde outubro. O retorno presencial das atividades acadêmicas está programado para março (pós-graduação) e abril (graduação), quando se iniciam os semestres letivos.
Para os membros da comunidade acadêmica vacinados no Brasil, o comprovante de vacinação pode ser emitido pelo aplicativo/site ConectSUS. Em função da sua vocação internacional, para estudantes vacinados no exterior, será considerado válido documento equivalente, emitido no país de vacinação.
A exigência de vacinação na Universidade ocorre após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu a viabilidade jurídica dessa iniciativa. “A exigência da vacinação dos membros de comunidade acadêmica da UNILA será, também uma forma de estimular a procura pela vacina por parte daqueles que ainda não estão com sua imunização em dia e já estava em perspectiva antes da decisão do STF. Sempre foi nossa preocupação garantir um ambiente seguro à comunidade”, afirma o vice-reitor da UNILA, Luis Evelio Garcia Acevedo.
A decisão em prol da vacinação soma-se às diversas ações de segurança já implementadas pela UNILA, dentre elas a disponibilização de álcool em gel nos postos de trabalho e nos corredores da Universidade, o uso obrigatório de máscaras, a instalação de telas de acrílico nas unidades de atendimento ao público e a distribuição de equipamentos de proteção individual aos servidores.
Aumento de casos
Em paralelo ao trabalho de construção de um ambiente seguro para ampliação das atividades presenciais, a Universidade vem acompanhando com atenção o avanço repentino da pandemia de Covid-19 e de surtos da Influenza H3N2. Neste sentido, foi realizada uma reunião com a equipe da Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu, com o objetivo de verificar o cenário epidemiológico local, o impacto no sistema municipal de saúde e as possíveis medidas a serem tomadas pelo município e suas implicações para a Universidade.
Quanto ao cenário atual, o gerente da Vigilância Epidemiológica, Roberto Doldan, destacou que, apesar da alta no número de casos de Covid-19, outros indicadores não sofreram alterações. “Por hora, o único indicador que mudou é a média móvel do número de casos. A média móvel dos óbitos não mudou, os internamentos ainda não mudaram de patamar, nós continuamos basicamente com o mesmo quadro de ocupação de leitos de UTI e de enfermarias registrado na semana passada.” Para Doldan, o aumento no número de casos está diretamente relacionado com as festividades de fim de ano. “Entendemos que é questão de tempo, visto que são 14 dias de incubação do vírus, então estamos com um rescaldo do Natal e entrando no rescaldo do Ano Novo”. Ele alerta que, nos próximos dias, esses números podem ter alterações.
A secretária de Saúde, Rosa Maria Jerônymo, informou que a estratégia do município para a contenção do contágio deverá ser concentrada na vacinação e na testagem da população, ampliando ainda mais esses serviços. “Nós temos que avançar na vacinação de forma muito intensa. Vejo que esse é o caminho mais importante neste momento, pois os dados têm demonstrado isso”, disse, enfatizando que a doença tem sido menos agressiva entre os que receberam todas as doses da vacina. “Temos, ainda, um grande número de pessoas que não completaram o ciclo de imunização, pessoas que sequer tomaram a primeira dose da vacina e isso tem um impacto muito grande no coletivo”, alertou.
A ampliação da vacinação e testagem, estratégia da Secretaria de Saúde, fortalece a decisão pela total retomada das atividades presenciais na UNILA, diz o vice-reitor. “Com a vacina e com a disponibilidade de testes, ficamos mais tranquilos com a ampliação da volta ao presencial, porque isso nos dá subsídio para as decisões atuais e futuras”, diz Luis Evelio.