A usina de Itaipu vai abrir seu vertedouro para ajudar o Paraguai, que sofre com a forte estiagem e precisa dar escoamento à safra de grãos do país por via transporte fluvial. Ainda não se sabe o momento exato da abertura, mas a maior probabilidade é que aconteça na noite de domingo, 17.
A medida, uma decisão das chancelarias brasileira e paraguaia referendada pelo Conselho de Administração da Itaipu, também favorece a Argentina pelos mesmos motivos.
Abaixo da usina, a jusante, o Rio Paraná está muito baixo, causando problemas de navegabilidade para os países vizinhos.
O vertimento inicial está previsto parar durar 12 dias e será intermitente, com a abertura e fechamento alternado das comportas, para controle operacional da vazão. Não haverá prejuízo para a produção de energia, já que a demanda solicitada à Itaipu continua baixa em função da pandemia.
Desde a semana passada, o nível do reservatório voltou ao normal. Antes da abertura do vertedouro, a usina já havia aumentado gradativamente a geração para atender os vizinhos argentinos. Com isso, mais água que passa pelas unidades geradoras, o que contribui para mitigar os efeitos da estiagem a jusante, abaixo da barragem.
Neste ano, a usina de Itaipu gerou 29.794.762 MWh. Na produção acumulada em 36 anos de operação, chega a 2.718.001.555 MWh, energia suficiente para iluminar o mundo todo por 43 dias.
“É um período delicado, que requer alinhamento e solidariedade ao povo irmão paraguaio”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
