Depois de enfrentar o ano mais seco da história, em 2019, e mesmo assim obter recorde histórico de produtividade, ou seja, eficiência da operação, a usina de Itaipu começou 2020 num ritmo de produção muito mais favorável. A hidrelétrica produziu no bimestre um total de 15,47 milhões de megawatts-hora (MWh), ante 14,38 milhões de MWh no ano passado. O número é 7,6% acima do produzido no mesmo período de 2019. Desse percentual, apenas 1,5 ponto é consequência deste ano ser bissexto, ou seja, fevereiro ter 29 dias.
Em termos de comparação, essa quantidade toda de energia daria para abastecer de eletricidade a cidade de São Paulo por 6 meses e 24 dias; o Paraguai, por 10 meses e 21 dias; ou ainda o município de Foz do Iguaçu por mais de 26 anos.
Só em fevereiro foram gerados 7,29 milhões de MWh. A disponibilidade das unidades geradoras ficou em 95,24% e a indisponibilidade forçada das unidades geradoras em 0,13%. Traduzindo, o aproveitamento da água para produção de energia foi de 100%.
Os números comprovam a manutenção da eficiência no aproveitamento da matéria-prima para garantir eletricidade para o Brasil e Paraguai. Energia que garante desenvolvimento para os dois países, a começar pela segurança energética, mas também com infraestrutura.
A produtividade em fevereiro foi de 1,070 MWméd/m³/s, superando a do mesmo mês de 2019 (1,063 MWméd/m³/s), o que garantiu a melhor performance operacional para o mês em todo histórico dos 35 anos e nove meses de operação da usina.
Já no bimestre, a disponibilidade das unidades geradoras foi ainda maior: 96,67%; e a indisponibilidade forçada das unidades geradoras também foi excepcional: 0,09%. Novamente, o aproveitamento da água disponível para produção de energia foi total.
Para o diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, “tão importante quanto o aumento da geração de energia pela Itaipu, em relação ao mesmo período de 2019, é a busca permanente por uma produtividade de alto nível. Isso demostra o comprometimento e competência do nosso time binacional”.
Ainda segundo o diretor-geral, os dados comprovam que a Itaipu vem, cada vez mais, consolidando seus índices de operacionalidade no mais alto grau de eficiência. Para manter esse desempenho, é preciso uma conexão em total alinhamento entre a usina, o Operador Nacional do Sistema (ONS), a Eletrobras, a Ande, Furnas e Copel, os parceiros que possibilitam esse escoamento da energia que vai para o sistema interligado.
2019, mesmo com pouca água, ano histórico
Em 2019, mesmo com um ano hidrológico desfavorável, o mais seco desde 1984, a usina atingiu 79,445 milhões de MWh. Itaipu conseguiu atender 11% do mercado nacional e 88% do mercado paraguaio. A binacional bateu recorde de eficiência: 1,07 MW médios. A disponibilidade forçada foi de 97,55% e a indisponibilidade de 0,09%.
Eletrobras e Ande chegaram a uma contratação de potência de longo prazo, de 2019 a 2022, algo que não ocorria havia dez anos. Também foi colocada em marcha a atualização tecnológica, que prevê um investimento de US$ 660 milhões em 14 anos para garantir sustentabilidade para a geração nas próximas décadas.