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Unila recebe calouros de várias regiões do Brasil e de 21 países em 2020

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Foto: Assessoria Unila

Os primeiros calouros de 2020 começaram a chegar à Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) nesta semana. Na segunda-feira , 10, iniciou a matrícula de estudantes estrangeiros, que segue até o dia 21 de fevereiro. Já ontem, 11, a Universidade recebeu os alunos aprovados na primeira chamada do Sisu. O prazo para a matrícula desses candidatos termina na próxima sexta-feira, 14. Ao todo, 1.700 novos estudantes devem ingressar nos 29 cursos de graduação da Unila, no primeiro semestre de 2020. As aulas iniciam-se no dia 27 de fevereiro.

No primeiro dia de matrícula para brasileiros, o clima era de preocupação com os documentos e também de alegria com os primeiros passos de um sonho. Entre os calouros, estava a iguaçuense Ghadir Rizk. “Sempre acompanhei notícias sobre a Unila, que busca a integração entre vários países. E Foz do Iguaçu é um ponto estratégico, com uma diversidade ambiental, como o Parque Nacional do Iguaçu. É legal poder estudar em casa, perto da família e de amigos”, diz.

Além de estudantes do Oeste do Paraná, jovens vindos de diferentes regiões do país percorreram longas distâncias para começar uma nova vida. Foi o caso da caloura do curso de Biotecnologia Jamile Brito, que encarou uma viagem de três dias, saindo de Rondônia e com destino a Foz do Iguaçu. Recém-chegada na nova cidade, ela diz ainda estar em “choque” com a mudança. “É muita coisa nova. Pesquisei sobre a Unila e vi que ficava em um local com uma variedade de etnias, e isso me interessou. Vim de uma cidade chamada Guajará-Mirim, que fica na fronteira com a Bolívia. E sei que, ao morar na fronteira, temos mais contato com outras culturas”, conta.

Foto: Assessoria Unila

De perto e de longe

Nos três processos seletivos voltados para alunos estrangeiros – Seleção Internacional, Seleção de Indígenas Aldeados -, a Unila aprovou o ingresso de estudantes de 21 países. Em 2020, vão fazer parte do quadro de discentes da Universidade representantes de 21 países da América Latina e também de nações como Angola, Congo e Guiné-Bissau.

Entre os novos alunos, está o chileno Ricardo Vascur que desembarcou no Brasil com o sonho de cursar Medicina. Na segunda-feira, 10, ele esteve na Unila fazendo os procedimentos de matrícula, acompanhado da namorada Dayana Unda Morán – que já está no segundo ano de Medicina na Unila – e do cachorrinho Théo, um poodle de três anos que também veio do Chile. “Eu já acompanhava a Unila de perto desde que a Dayana ingressou no curso, em 2019. Meu principal objetivo é me aprofundar em Medicina de Estilo de Vida. Sou formado em Educação Física e tenho interesse em estudar mais sobre as relações entre saúde, exercícios físicos e estilo de vida”, salientou. Sobre a vinda do cachorrinho Théo, Ricardo foi enfático: “Ele é parte da nossa família e estaremos sempre juntos.”

O novo grupo de alunos mostra que a Unila também está se consolidando como uma opção de universidade pública para os países da Tríplice Fronteira. Naturais de Puerto Iguazú, Alexia Portillo e Leida Cerdan terminaram o ensino médio no ano passado, na Escuela Provincial de Educación Técnica nº 4; e agora ingressam juntas no ensino superior, na Unila. Alexia vai cursar Cinema e Audiovisual. Leida optou por Arquitetura e Urbanismo. “A Argentina tem um sistema de educação superior público e gratuito. Porém, a Universidad Nacional de Misiones, que é a universidade pública mais próxima, não oferta os cursos que escolhemos. A opção seria a Universidad Nacional de Corrientes, que fica a mais de 600 km de distância”, explicou Leida.

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