Um pouco mais de quatro meses após o início da rota Madri-Cataratas, a empresa Air Europa decidiu cancelar a rota, que segundo o jornal argentino Economis, deveria estar garantido por contrato por pelo menos um ano.
O vôo inaugural, em 2 de agosto, abriu um novo cenário para o turismo de Misiones com conexão internacional direta. Mas, coincidentemente, em 10 de dezembro último, o grupo espanhol decidiu cancelar o voo direto. A data chamou a atenção por coincidir com o resultado da eleição presidencial no país, e há quem suspeite que justamente o resultado das eleição possa ter motivado a empresa a tomar essa decisão.
A Air Europa já havia violado parte do contrato porque a conexão estava programada para janeiro de 2019 e demorou vários meses. Agora, a empresa do grupo Globalia foi adquirida pela Iberia, que decidiu cancelar a rota com o argumento de que a taxa de uso é de apenas 70 bilhetes por avião. No entanto, em Misiones, eles argumentam que é a baixa temporada na Europa e que quatro meses não podem ser tomados como parâmetro.
Portanto, o governo da Província de Misiones avalia no momento, formas legais de fazer a Air Europa cumprir o contrato.
O escritório local garantiu ao Jornal Economis que os vôos estão garantidos até 26 de abril do próximo ano e, enquanto isso, trabalharão para criar uma conexão com código compartilhado que tenha Puerto Iguazú como destino. Pode ser via Viru Viru, da Bolívia ou de Assunção, com um avião CRJ de 50 assentos ou um Embraer de 110 assentos.
A Província de Misiones não aceita a mudança unilateral de planos e adverte que recorrerá à Justiça para forçar a empresa a cumprir o contrato assinado.
2019 definitivamente não é um ano para se recordar, pelo menos no setor aéreo que atende a Província de Misiones e mais precisamente, Puerto Iguazú. Anteriormente, a companhia aérea ultra low cost argentina Flybondi, alegando dificuldades financeiras, cancelou rotas que ligavam Puerto Iguazú à capital, Buenos Aires, deixando muitos viajantes sem nenhum suporte nos aeroportos.