Professores, pedagogos e funcionários de escolas realizaram ato público em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE) de Foz do Iguaçu nesta sexta-feira, 5. A manifestação foi para pedir a saída do cargo do secretário de Educação do Paraná, Renato Feder.
Na avaliação dos educadores, o secretário não reúne condições mínimas para ocupar cargo de tamanha relevância. Para eles, Renato Feder não possui interlocução com a categoria e seu projeto é empresarial, em detrimento da escola pública.
A manifestação dos servidores em greve também exigiu respeito aos direitos dos trabalhadores temporários, os chamados PSSs. O governo quer implantar prova – aplicada pelo setor privado – para contratar educadores de forma precarizada, com baixos salários, sem benefícios da carreira e por tempo definido.
“Em plena greve da educação, o secretário viaja para fazer workshop no exterior?”, questionou a presidenta da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro. “Renato Feder não conhece o chão da escola pública, seu projeto beneficia os negócios privados, retira direitos e enfraquece a educação gratuita e para todos”, denunciou.
Empresa para seleção de diretores
Durante o ato público em Foz do Iguaçu, os educadores também rechaçaram a proposta da Secretaria de Estado da Educação que prevê seleção a ser realizada por uma empresa para a escolha de diretores de escolas. Os servidores defendem o processo de eleição democrática, conduzido pelas comunidades escolares.
Secretário de Finanças da APP-Sindicato/Foz, Silvio Borges enfatizou que o avanço do setor empresarial na escola pública do Paraná ocorre em várias áreas. “Os absurdos do secretário Renato Feder não têm limites. Vem aí cartilha para substituir livro didático. E depois treinamento feito por uma empresa para a ‘aplicação’ dessas cartilhas”, revelou.
Adesão à greve em 100% das escolas
Em Foz do Iguaçu, a adesão total e parcial à greve atinge 100% das escolas. Há servidores de braços cruzados em todos os estabelecimentos estaduais de ensino. Já na região, esse percentual é de 90%.
Os funcionários públicos do Paraná reivindicam o pagamento de 17% de reposição. Pela imprensa, o governador Ratinho Junior disse oferecer 0,5% de reajuste em 2019. Esse percentual corresponde a R$ 5 a mais no salário de um agente educacional e R$ 14,36 na remuneração de um professor que ganha R$ 2.872.
Ato estadual
Na próxima terça-feira, 09, em Curitiba, os servidores vão realizar o segundo ato público estadual unificado dois que a greve foi deflagrada. Os ônibus com educadores de Foz do Iguaçu e região sairão na segunda-feira, 8, às 21h30.