A adesão à greve geral em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, 14, prevê a mobilização unificada de trabalhadores de diversas categorias profissionais – dos setores público e privado -, estudantes e ativistas sociais. A paralisação é organizada pela Unidade Sindical e Popular, coletivo de organizações que atuam no município.
A concentração acontece a partir das 7h, no Zoológico Bosque Guarani, no centro. Em seguida, ocorre passeata pelas avenidas Brasil e JK, terminando no bosque. No local, os participantes do movimento permanecem durante todo o dia e promovem uma série e atividades de conscientização e denúncia.
A greve geral é convocada em todo o Brasil por centrais sindicais para defender o direito à aposentadoria. Sindicatos e movimentos populares consideram que o projeto de reforma da Previdência, proposto pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e em trâmite no Congresso Nacional, vai restringir o acesso ao benefício entre os trabalhadores (as) que recebem menores salários e segmentos populares.
Em informativo distribuído à população, em que convoca os trabalhadores para a greve geral, a Unidade Sindical afirma que a reforma da Previdência vai acabar com o sistema previdenciário no país. “Vamos ter que trabalhar até o final da vida, sem aposentadoria. O que querem mesmo é destruir os direitos de quem vive do trabalho”, afirmam as organizações sindicais e populares iguaçuenses.
Mais pautas
Reunido em torno do enfrentamento à reforma da Previdência, o movimento abrange outras pautas de convergência. A greve geral em Foz denuncia o corte de verbas para a educação, apontado como parte de um amplo processo de desmonte do ensino público em todos os níveis. Recentemente, o Governo Federal retirou recursos destinados a universidades, bolsas de pesquisas e outras áreas da escola pública.
Na greve geral, os servidores estaduais reivindicam do Governo do Paraná o imediato pagamento da data-base – que chega a 17% de defasagem-, reposição prevista em lei que repõe as perdas causadas pela inflação. O funcionalismo também requer da gestão estadual o atendimento a outros itens da pauta trabalhista.
O alto desemprego e a falta de condições adequadas para o trabalho, agravados pela aprovação da reforma trabalhista, são mazelas denunciadas pela Unidade Sindical e Popular durante a greve geral. Conforme estimativas oficiais, há mais de 13 milhões de brasileiros sem emprego, o que forma um flagelo social. Na falta de respostas para a geração de postos de trabalho, os salários são reduzidos, a terceirização avança e aumenta a exploração do trabalhador.