Oficina G3 se apresenta em Foz do Iguaçu nesta quarta-feira, 8

 

Na tarde desta terça-feira, 7, a banda de rock gospel Oficina G3 se reuniu com jornalistas para uma coletiva de imprensa sobre o show de amanhã, na 28ª Femorumbi. O que seria uma entrevista, acabou virando um bate papo muito bem humorado e descontraído sobre, principalmente, quebra de tabus e preconceitos.

 

"A Oficina G3 gosta de fazer música. Amamos o que fazemos. Ouvimos rock de todos os gêneros", comentam os integrantes Jean Carllos (teclado), Juninho Afram (guitarra), Mauro Henrique (vocal) e Duca Tambasco (baixo). "Já melhorou muito a questão do preconceito mas, no início, alguns pastores nos diziam que rock era do diabo e pessoas que não eram de igreja, como o João Gordo, nos diziam que nossa música não era de Deus. Era contraditório".

Foto: Rafael Guimarães / Clickfoz

Conversa descontraída com os caras da Oficina G3: "Gostamos de fazer música, de rock e falamos sobre o amor de Deus" Da esquerda para a direita: Jean, Juninho, Mauro e Duca

Na estrada desde 1987, a banda tem no currículo três indicações ao Grammy Latino, sendo que, em 2009, venceram com o CD "Depois da Guerra". "Essa conquista do Grammy e tocar no Rock in Rio (em 2001, com o antigo vocalista, PG), abriram muitas portas", lembra Afram.

"Nós não fazemos distinção de onde vamos tocar. Nós fazemos rock e temos a nossa crença, como tantas outras bandas. Não vamos transformar o evento num culto de 2 horas. Nem vamos enfiar goela abaixo a palavra de Deus", ressalta o tecladista Jean. 

Fotos: Rafael Guimarães / Clickfoz

A conversa foi sobre música, tocar novamente em Foz do Iguaçu e, principalmente, sobre preconceitos que a maioria das pessoas tem com o rock cristão. "Já melhorou muito, mas ainda existe", afirmam

 

"Estamos super contentes por voltar a tocar em Foz. Ainda mais num evento super tradicional." Perguntei a eles como eles se sentiam ao ser a única banda de rock no meio de uma programação (basicamente) sertaneja. Rindo, a resposta foi: "Achamos ótimo! O pessoal vai curtir. Vamos até fazer umas versões sertanejas para eles", brincaram.

 

"Não precisa ser cristão para curtir o nosso show. Nem, necessariamente, gostar de rock. Claro, os roqueiros se identificam mais, mas fazemos um show para todos. Então, podem chegar lá amanhã que vocês vão curtir. Não é presunção nossa, falamos isso porque já aconteceu", encerram.