A cidade de Cascavel, a 140 quilômetros de Foz do Iguaçu, registrou no início da noite de quinta-feira, 9, uma suspeita de caso de ebola. O paciente de 47 anos, africano, identificado como Souleymane Bah, foi isolado no UPA e na manhã desta sexta já foi transferido ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro.
Foto: CBN Cascavel |
Paciente foi transferido na manhã desta sexta-feira, 10 |
Bah voltou de Guiné, um dos três países africanos que concentra o surto da doença, no dia 19 de setembro e começou a ter febre nessa semana. Como está dentro do período de incubação do vírus (21 dias), é tratado como caso suspeito.
Entretanto, em nota oficial, o Ministério da Saúde informou que o paciente "estava subfebril e não apresentava hemorragia, vômitos ou quaisquer outros sintomas. Está em bom estado geral e, mantido em isolamento total". Por isso, os médicos também não descartam a possibilidade de ser um caso de dengue ou malária.
Com a transferência de Souleymane, a Unidade de Pronto Atendimento começou a ser desinfectada agora pela manhã e deverá ser liberada até o meio dia. O médico que o atendeu pediu, ainda, isolamento das pessoas que tiveram contato com ele em até 3 metros de proximidade.
Foto: CBN Cascavel |
UPA no bairro Brasília começou a ser limpa e desifectada |
Ebola – O mundo vive, hoje, o pior surto do ebola. Com mais de 8 mil casos registrados na Guiné, Libéria e Serra Leoa, na África, o vírus já matou 3.857 pessoas, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.
Nigéria, Senegal, Estados Unidos e Espanha também registraram casos da doença. No total, 21 pacientes e 8 mortes. Se confirmado esse caso de Cascavel, será o primeiro registro do ebola na América Latina.
Transmissão – O ebola é transmitido através do contato com o sangue, fluidos corporais e tecidos de animais ou de pessoas infectadas com o paciente. Importante ressaltar que a transmissão só acontece quando o paciente já apresenta os sintomas (vômito, febre, dor de cabeça, garganta inflamada, dor articular e muscular, fraqueza, diarreia, vermelhidão nos olhos, inchaço dos genitais e hemorragia).
O ebola não tem cura e possui uma letalidade de 99% dos casos, segundo a Organização Mundial de Saúde.